sexta-feira, 27 de abril de 2007

México descriminaliza o aborto

O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
25 de Abril de 2006
Sob protestos, Cidade do México descriminaliza o aborto

A decisão foi tomada depois de mais de cinco horas de debate.
A sessão exigiu um forte cerco policial na câmara municipal.

A câmara municipal da Cidade do México aprovou na terça-feira (24) à noite
uma polémica reforma legal que permite a total descriminalização do aborto
na capital mexicana nas 12 primeiras semanas de gestação, numa decisão
inédita no país.

A Assembleia Legislativa do Distrito Federal (ALDF), dominada por partidos
de esquerda, votou em plenário a reforma do artigo 144 do Código Penal. A
emenda foi aprovada por 46 votos a favor, 19 contra e uma abstenção.

A decisão foi tomada depois de mais de cinco horas de debate e uma polémica
entre grupos antiabortistas, apoiados pela Igreja Católica, e organizações a
favor da medida. A sessão exigiu um forte cerco policial, em que 400 agentes
tiveram trabalho para conter manifestantes das duas tendências.

A norma só vale para a capital mexicana, que tem uma população de mais de 8
milhões de pessoas. Ela foi aprovada com os votos dos partidos de esquerda
Revolução Democrática (PRD), Nova Aliança e Coalizão Social-Democrata, além
do Partido Revolucionário Institucional (PRI, centro).

Votaram contra o conservador Acção Nacional (PAN), o Partido Verde Ecologista
Mexicano (PVEM) e um independente.
O deputado do PAN Ezequiel Rétiz disse que a lei "atenta contra o direito à
vida, pois qualquer ser vivo, desde o momento da concepção, tem vida". Ele
apresentou 74 mil assinaturas recolhidas por organizações civis pedindo a
realização de um referendo sobre o tema.

Os legisladores da esquerda mexicana argumentaram que o fundamental é "que
as mulheres possam decidir num momento determinado se querem abortar" e que
"as 12 semanas são um prazo prudente".

Até agora a prática do aborto no México, que tem pouco mais de 106 milhões
de habitantes, é ilegal. As exceções eram em determinadas situações, como a
gravidez resultante de estupro e o risco de vida para a gestante. Também há
autorização para abortar fetos com más-formações congênitas, quando a
gravidez é produto de uma inseminação artificial não desejada e por razões
econômicas, quando as mães têm mais de três filhos.

O PRD apresentou uma proposta de descriminalização nacional no Senado. Mas o
PAN tem maioria na casa, por isso parece difícil a sua aprovação

O debate sobre o aborto elevou a tensão política e social no México nas
últimas semanas. Setores conservadores e progressistas do país travaram uma
batalha pela emenda.

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem no dia 18 de abril, dizendo que o
Vaticano se unia "à Igreja no México e a tantas pessoas de boa vontade,
preocupadas com um projeto de lei do Distrito Federal que ameaça a vida da
criança que vai nascer".

Políticos esquerdistas desqualificaram o comentário, por considerar a
declaração uma violação da soberania mexicana. Mas o Governo mexicano, que é
do PAN, considerou a interferência dentro do tolerável.

Cerca de 500 pessoas do PRD, Alternativa e do Grupo de Informação em
Reprodução Assistida (Gira) fizeram hoje um comício para defender a lei. Ao
mesmo tempo, um grupo de conservadores próximo à sede da câmara mostrou
cartazes que diziam "Vida sim, aborto não", "Um aborto é matar o futuro do
México", e "Assassinos, assassinos".

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL26652-5602,00.html

quarta-feira, 25 de abril de 2007

A intolerância dos tolerantes

24 de abril
São Fidélis de Sigmaringa,
Mártir (+ Suíça, 1622)

Para ler a história completa:
http://www.lepanto.com.br/HagFelSig.html

Nasceu na Alemanha e foi advogado brilhante antes de ingressar na Ordem dos
Capuchinhos, onde se destacou pelo zelo apostólico e pela caridade. Sendo
designado para pregar na Suíça, devastada pela heresia protestante,
serviu-se da pregação e do confessionário para combatê-la eficazmente.
Quando converteu dois calvinistas célebres, atraiu de modo especial os ódios
de fanáticos sectários que o ameaçaram de morte, sem entretanto conseguirem
demovê-lo de prosseguir seu trabalho. Algum tempo depois deram-lhe um tiro
de mosquete enquanto pregava, mas não foi atingido e continuou pregando,
recusando-se a interromper a missão. Nesse mesmo dia, porém, caiu nas mãos
de um grupo de calvinistas e o mataram a punhaladas. Tinha então 45 anos.

Massacre ocorrido na Universidade de Virgínia

Boletim PLDBoletim da Campanha Pela Legítima Defesa
www.pelalegitimadefesa.org.br

Muito se tem dito sobre o massacre ocorrido na Universidade de Virgínia, nos
EUA. A tónica do assunto mais uma vez procura desfigurar a causa real da
tragédia, reputando às armas de fogo a responsabilidade pelo evento. Os
desarmamentistas insistem em seu erro crasso, pois animar meros objectos é
atitude de pouca inteligência. Se nos EUA de vez em quando acontece uma
barbaridade de tal natureza não é porque os americanos têm armas, mas sim
porque o país fabrica malucos que vão praticar insanidades, seja com armas
de fogo, gasolina, facas ou qualquer instrumento que possa ter utilização
vulnerante.

Então, é fácil para qualquer um com um mínimo de inteligência deduzir que o
correcto é impedir que loucos ajam, seja não mais os criando ou, pelo menos,
controlando os mesmos. Agora, por que a nação americana cultiva, tolera ou
acolhe gente
desequilibrada é outra questão para uma longa discussão; mas o certo é que a
culpa, obviamente, não é das armas de fogo...

Marcelo Pereira é
Advogado, porta voz da
Campanha Pela Legítima Defesa

UOL NEWS
http://noticias.uol.com.br/uolnews
16/04/2007 - 19h54
Apesar de massacre, Bush continua a favor do porte de arma nos EUA
da Redacção
Massacre nos Estados Unidos. Autoridades norte-americanas informaram que 32
pessoas foram mortas na manhã desta segunda-feira na universidade Virgínia
Tech, no que já é considerado o mais sangrento massacre desse tipo já
ocorrido no país. De acordo com a polícia, o tiroteio aconteceu em dois
locais distintos. Ao que tudo indica, o autor dos disparos -que ainda não
foi identificado-- estaria entre os mortos. A universidade está localizada a
390 km da capital Washington e tem cerca de 26 mil estudantes.

De acordo com Sérgio Dávila, colunista do UOL News e correspondente do
jornal Folha de S. Paulo em Washington, "os EUA têm uma colecção de massacres,
e os tiroteios em campi universitários acontecem com uma frequência
assustadora". O massacre de hoje, porém, "causou uma grande comoção,
principalmente pelo número de mortos (32) e feridos (cerca de 30)". "[O
massacre de] Columbine teve 13 mortos, o atentado de hoje teve mais que o
dobro de vítimas."

Dávila conta que toda vez que um atirador age nos EUA, "volta toda a
discussão do porte de armas no país". "E por mais sangrento que seja, essa é
uma discussão que não progride; nenhum governante tem peito de tirar esse
direito do cidadão americano." Esse direito, explica o colunista, está
assegurado pela segunda emenda da Constituição norte-americana.

"Horas depois do massacre, a porta-voz da Casa Branca já fez uma colectiva na
qual reafirmou que o presidente George W. Bush continua apoiando o direito
do cidadão de portar armas", relatou Dávila. "Nenhum presidente consegue ser
eleito e manter-se eleito se ousar mexer nesse direito.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Originalidade brasileira

O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

A originalidade brasileira
Gilberto de Mello Kujawski

O Brasil é o país mais original do mundo. É o único que não tem governo nem
oposição. Obra de S. Exa. o presidente Lula. Lula não governa porque ainda
não desceu do palanque. Faz discursos, bravateia, solta piadas nefandas,
promete o mundo e o fundo, mas não governa. Quebra a hierarquia da
Aeronáutica, melindra os comandos militares.

Faltam a Lula o perfil institucional, a compostura e a liturgia do cargo.
Seu perfil é, antes, compadresco.

O pouco de oposição que ainda resta no País mudou dos partidos para a
imprensa. A oposição refugiou-se na imprensa livre. O PT sabe disso e já
prepara sua ofensiva contra a liberdade de imprensa, apoiado, agora, pelo
profissionalismo de Franklin Martins, recentemente contratado. (Pegou mal.
Uma pessoa que sabe das coisas me garantiu que não foi um caso de
"cooptação", mas de longa e antiga cooperação. Ficará na memória a
entrevista de Franklin com seu ex-colega da Bandeirantes Ricardo Boechat,
chamando, cerimoniosamente, o entrevistado de "ministro", sem que este
perdesse a impassibilidade.) Por suspeitar na imprensa a última chama da
oposição é que Lula até hoje não cumpriu a promessa da entrevista colectiva
com que acenou no dia em que foi reeleito.

A maior ironia é que com toda a inchação do Executivo, nem assim o
presidente consegue governar. Lula não pega nem no tranco. Então, sem
governo, sem oposição, como é que o País continua de pé? Conta a lenda, não
sei se indiana ou africana, que os elefantes, depois de mortos, continuam de
pé por dias ou semanas. A carcaça dos paquidermes resiste por muito tempo à
decomposição interna, sem se abalar.

Não sou tão pessimista assim. O Brasil não está morto e continua de pé
porque já provou mais de uma vez ser maior do que o buraco (leia-se
"governos"). No Brasil, escreve-se certo por linhas tortas. O método é
confuso, mas o conjunto da obra nos redime. Talvez seja esta a verdadeira
originalidade brasileira.

Vistam-se de padres e confessem individualmente

Bispo espanhol a sacerdotes: Vistam-se de padres e confessem individualmente

MADRID, 09 Abr. 07 (ACI) .- Em uma carta dirigida a todos os sacerdotes de
sua diocese, o Bispo de Tarazona, Dom Demetrio Fernández, exortou-os a
fomentar "o sacramento da Penitência ou a confissão dos pecados com
*confissão individual dos pecados*" e a que se vistam de padres, ante a
tentativa de muitos de apagar "todo rastro de Deus da sociedade em que
vivemos".

O Prelado alentou a *não ministrar *"*nunca a absolvição colectiva.
Ensinemos aos jovens e às crianças a aproximar-se deste sacramento com
frequência. É um leito precioso para uma formação personalizada, que educa a
consciência nos mandamentos de Deus e de sua Igreja". "Que em cada paróquia
tenha assinalados momentos precisos ao longo de todo o ano (não só na
Quaresma e na Páscoa) onde o sacerdote está disponível para confessar os
penitentes", acrescentou.

Ao falar da obrigação que têm os sacerdotes de vestirem-se como tais, Dom
Fernández disse que o faz "para recordar com todo meu carinho e meu respeito
para cada um de vós o que *a Igreja nos manda*. É um gesto muito
significativo que implica muitos aspectos de toda nossa vida sacerdotal".

Para o Prelado, "a época, não longínqua, em que se impôs a moda de se vestir
como os outros" já "aconteceu". "Mas, além disso, não é questão de moda.
Disse na primeira Missa crismal de 2005: 'Quanto eu gostaria de ver todos
vestidos de padre de maneira inequívoca, que *alegria sente o povo quando
pode identificar facilmente o sacerdote*'".

"Hoje muitos pretendem apagar todo rastro de Deus da sociedade em que
vivemos. Não façamos seu jogo, nem contribuamos a esta ausência de Deus",
advertiu Dom Fernández e alentou a que "com uma *veste singela e austera,
digamos a todos que somos sacerdotes* e que estamos contentes de sê-lo.
Derivar-se-ão muitos bens para nossa diocese, se obedecermos a Deus neste
ponto".

Finalmente, o Prelado citou a disposição da Congregação para o Clero:
Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros, de 1994, que no número
66 recorda a obrigação do traje eclesiástico para os sacerdotes. "Em uma
sociedade secularizada e tendencialmente materialista, onde tendem a
desaparecer inclusive com os sinais externos das realidades sagradas e
sobrenaturais, sente-se particularmente a necessidade de que o
presbítero-homem de Deus, dispensador de Seus mistérios- *seja reconhecível
aos olhos da comunidade*, também pela veste que leva, como sinal inequívoco
de sua dedicação e da identidade de que desempenha um ministério público".

 

domingo, 15 de abril de 2007

pão, pão; queijo, queijo

Fonte: Revista Catolicismo, Dezembro 1955 - Titulo original: "Apparuit
benignitas et humanitas Salvatoris nostri Dei".

A linguagem "sim, sim; não, não" - "pão, pão; queijo, queijo" (*)
Plinio Corrêa de Oliveira

Não se confunda o princípio de contradição, que é a quintessência da lógica,
da coerência, da objetividade, com o espírito de contradição. Este é um
vício que resulta do prazer jactancioso de contrariar o próximo: é volúvel,
e faz do sim o não, e do não e sim, conforme convenha à posição
arbitrariamente tomada de momento.

Somos um povo que tem o defeito de suas qualidades. Propensos habitualmente
a tudo que é bom, infelizmente não somos ao mesmo tempo infensos a tudo
quanto é mau. Em geral os outros povos, quando amam uma verdade, odeiam o
erro que lhe é contrário. E reciprocamente, quando amam o erro detestam a
verdade que a ele se contrapõe. Em última análise, é pelo jogo desse
princípio que se explicam as grandes fidelidades, como as grandes
apostasias. Na psicologia do brasileiro, o ódio explícito e declarado à
verdade e ao bem é raro. Neste sentido somos um dos melhores povos da Terra.
Mas quando se trata, para nós, de deduzir do amor à verdade e ao bem uma
atitude militante contra o erro e o mal, o caso é outro. E no fundo isto se
dá porque o princípio de contradição é antipático à pacatez brasileira. Uma
expressão muito conhecida exprime em linguagem popular o princípio de
contradição: "pão, pão; queijo, queijo". Mas em inúmeros casos confundimos
pão com queijo.

A bonomia na mentalidade do povo brasileiro

Esta tendência de espírito se reflete em muitos aspectos da nossa
mentalidade. O Brasil é uma República. Entretanto, em nenhum lugar o monarca
destronado e a monarquia deixaram mais saudades. Separamo-nos de Portugal
numa atmosfera borrascosa. Entretanto, no tratado em que a antiga Metrópole
reconhecia nossa independência, asseguramos a D. João VI até o fim de seus
dias o título de Imperador do Brasil. O quadro corrente, e por assim dizer
oficial, do Marechal Deodoro, proclamador da República, apresenta-o com o
peito constelado com as insígnias do Império que derrubou. Expulsamos em
1930 o Presidente Washington Luiz. Restaurado o regime constitucional,
regressou ele ao Brasil num ambiente de respeito e de simpatia tão gerais
que, com exceção de D. Pedro II, nenhum homem público reuniu em torno de si
unanimidade maior. Por que então foi destituído? Dessas pitorescas
contradições, poder-se-ia fazer uma longa lista. E o assunto Getúlio Vargas
forneceria a este respeito farta documentação.

"Seja vossa linguagem sim, sim; não, não"

Talvez, à vista destas reflexões, algum leitor sorria, como quem está em
presença de um amável defeito. Pois não deixa de ter algo de simpático e
tranqüilizador um tal cúmulo de bonomia.

Mas estudemos este assunto no terreno da moral. Trata-se de analisar esta
tendência psicológica, para ver se é conforme à Lei de Deus. E não é com
meros sorrisos, mas com muita seriedade, que se resolvem os problemas
morais.

Aquele que veio ao mundo para pregar as Bem-aventuranças nos deixou por
preceito que fôssemos fiéis ao princípio de contradição: "seja vossa
linguagem sim, sim; não, não" (Mt 5, 37). E se tal deve ser nossa linguagem,
tal deve ser nosso pensamento. Em matéria de moral, mais do que em qualquer
outra, todo excesso é um mal, ainda que seja de qualidades tão simpáticas
quanto a bonomia e a suavidade de trato. E um mal que, conforme o caso, pode
tornar-se muito grave.

Católico "não praticante", um termo cacofônico e antitético

Exemplifiquemos. No terreno religioso, não é bem verdade que o amortecimento
do princípio de contradição nos conduz com muita freqüência a atitudes
lamentáveis? Quantos são os católicos que se julgam no direito de discordar
da Igreja em algum ou em muitos pontos? Com isto, embora se ufanem de
católicos, pecam contra a fé. Por quê? Simplesmente porque imaginam possível
um tertium genus entre ser católico e não ser. O mesmo se diga da
naturalidade com que se admite entre nós uma categoria de católicos "não
praticantes"! Claro que os há no mundo inteiro. Mas parece-nos que em nenhum
país eles têm tão pouca consciência do que seu estado apresenta de
cacofônico, de antitético, em uma palavra, de contraditório.
Por fim, mais um exemplo. Quantas famílias temos, modelarmente constituídas!
Por que progridem as modas imorais? É que essas famílias, que prezam tanto a
virtude, são por vezes pouco enérgicas no combate ao vício. Em todos estes
casos, o que nos falta? Viveza no princípio de contradição lapidarmente
definido por Nosso Senhor, quando mostrou a incompatibilidade entre o "sim"
e o "não".

Este artigo se vai alongando. Não resisto entretanto ao desejo de indicar
outro exemplo. Todos se queixam da anemia de nossa vida partidária, de nossa
atonia em matéria de ideologia política e do predomínio das questões
pessoais em nossa vida pública. Uma das causas deste fato está na carência
do princípio de contradição. Pois, se em face de uma idéia que temos por
certa não nos arregimentamos para a defender resolutamente contra as que lhe
são opostas, como pode haver partidos de verdadeiro conteúdo ideológico?

"Oxalá fosses frio ou quente; mas, como és morno..."

O amortecimento do princípio de contradição gera o gosto, a mania das
soluções intermediárias, eu quase diria a servidão às soluções
intermediárias. Dados dois caminhos, escolher sempre o do meio, o que não é
carne nem peixe: é no que se cifra para muita gente toda a sabedoria. Ora,
se rejeitar por princípio as soluções intermediárias é um erro, erro também
é adotá-las por princípio. Pois há casos em que a sabedoria as condena
formalmente: "Oxalá fosses frio ou quente; mas, como és morno, começarei a
vomitar-te de minha boca" (Apoc. 3, 15).

A pessoa viciada em soluções intermediárias é a vítima ideal de todos os
velhacos. Pois a habilidade do velhaco consiste precisamente em fazer com
que o ingênuo aceite, com algum disfarce, aquilo que, a nu e sem maquilagem,
ele repudiaria. Os hereges são useiros e vezeiros em velhacarias desta
natureza. Rejeitado o pelagianismo, obtiveram eles a adesão de inúmeros
ingênuos por meio do semi-pelagianismo. Condenado o arianismo, puseram em
circulação o semi-arianismo. Condenado o protestantismo, inventaram o
bayanismo - heresia propugnada por Miguel Bayo (1513 - 1589), professor da
Universidade de Louvain (Bélgica) - e o jansenismo. Condenados o comunismo e
o socialismo, fabricam um "socialismo mitigado", que em última análise não é
senão comunismo velado. E assim por diante.

Erros que "serpeiam" entre os fiéis

Que essa tática é particularmente desenvolvida em nosso tempo, nada mais
notório. Estamos no século da 5ª Coluna. E que uma das formas mais hábeis de
solapar os meios católicos é esta, as mais altas autoridades eclesiásticas
de nossos dias já o disseram. Disse-o Sua Santidade o Papa Pio XII quando,
na Encíclica Mystici Corporis Christi, se referiu aos erros que "serpeiam"
entre os fiéis. Disse-o Sua Eminência o Cardeal Saliège, arcebispo de
Toulouse, quando afirmou em declaração mundialmente famosa que tudo se passa
como se houvesse uma ação articulada para "preparar no seio do Catolicismo
um movimento de acolhida ao comunismo" (cfr. Catolicismo, nº 37, janeiro de
1954, p. 8).

E assim, nada mais perigoso para o Brasil, nesta hora, do que o
amortecimento do princípio de contradição. E nada mais necessário do que
trabalhar para que, em nosso País, este princípio tome mais força, mais cor,
mais eficiência em toda a vida mental.

Não sei se um leitor não brasileiro compreenderá bem toda esta problemática.
Duvido bastante. Mas para um brasileiro isto é bem mais inteligível. E é
inteligível sobretudo para Vós, Senhor Jesus, que, deitado num berço
rústico, sondais entretanto até o fundo as almas e os corações. Para Vós
que, sendo a Sabedoria incriada e tendo nascido d'Aquela que é a Sede da
Sabedoria, conheceis totalmente a índole de cada povo, a todos amais, a
todos quereis santificar. Para Vós, que desde toda a eternidade tão
particularmente amastes o povo brasileiro e o predestinastes a uma grandeza
que encherá a história de amanhã.

Publicação feita para católicos militantes e praticantes, queremos que eles
Vos amem sem mescla de qualquer outro amor. Que só sirvam a um Senhor. Que
sejam cada qual em seu coração uma cidade sem divisão, contra a qual nada
pode o inimigo. Que não olhem para trás, ao empunhar o arado, e que no afã
de semear não se esqueçam de arrancar a erva daninha.

De certo modo os católicos militantes e praticantes são, também eles, sal da
terra e luz do mundo. Em parte depende da cooperação deles que o mundo não
se corrompa nem caia nas trevas. Queremos que eles sejam um sal muito e
muito salgado, uma luz posta no mais alto da montanha, e muito brilhante.
Neste sentido, Senhor, é nossa cooperação.

------------------
(*) Essa versão foi adaptada pelo redatorial da Notícias-Lepanto. Quem
desejar ver o artigo na integra acesse:
http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=36221E68-3048-560B-1C381DD213FC13B6&mes=Dezembro2006&pag=1

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Homossexualidade reduz mais anos de vida que hábito de fumar

Homossexualidade reduz mais anos de vida que hábito de fumar

FILADELFIA, 11 Abr. 07 (ACI) .- Recentes estudos demonstram que o hábito de
fumar reduz a esperança de vida de uma pessoa entre 1 e 7 anos; enquanto que
a conduta homossexual na Noruega e Dinamarca a diminui... em até 24 anos.
Assim afirmaram recentemente os doutores Paul e Kirk Cameron na convenção
anual da Eastern Psychological Association (EPA) no dia 23 de Março.

"Que justificação existe para condenar o hábito de fumar e aceitar a
homossexualidade? Hoje, em todo mundo ocidental, as crianças no colégio
aprendem que devem aceitar a homossexualidade e rechaçar o tabaco", indica o
Dr. Paul Cameron, quem também pertence ao Family Research Institute.

Na Dinamarca, o país com a mais longa história quanto ao "matrimónio"
homossexual se referem, entre 1990 e 2002, os homens heterossexuais casados
morria à idade média de 74 anos, enquanto que 561 casais de homossexuais
homens "casados" o fizeram à idade média de 51 anos.

Na Noruega, os heterossexuais casados morriam aos 77, em média; enquanto que
os homossexuais morriam aos 52. No caso das mulheres a diferença é similar:
casadas morriam em média aos 78, enquanto que as lésbicas em união
homossexual legalizada o faziam aos 56.

"A consistência da redução na esperança de vida para quem vive a
homossexualidade é significativa", explica o Dr. Cameron.
"O mesmo patrão de morte precoce pode ver se olharmos os obituários nos
Estados Unidos. Dada a grande redução da esperança de vida nos homossexuais,
as escolas deveriam advertidas forte e consistentemente às crianças
inclusive mais que como se faz com o tabaco. As escolas que estão
introduzindo um curriculum pró-gay precisam voltar a pensar suas
prioridades", concluiu o especialista.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

CRIME ABOMINÁVEL

A PROMULGAÇÃO DO CRIME ABOMINÁVEL

A "lei" promulgada no fatídico dia 10 de Abril de 2007, é gravemente injusta e o acto da sua promulgação consiste numa cooperação formal com o mal intrínseco do aborto provocado, tornando o Presidente Aníbal Cavaco Silva moralmente imputável por todos os homicídios/abortos, e demais consequências nefandas, praticados ao abrigo desta “lei”, isto é, desta violência crudelíssima.

Pe. Nuno Serras Pereira

10-04-2007

O Presidente da República promulgou, hoje, como "Lei o Decreto nº 112/X, da Assembleia da República", que foi aprovado por larga maioria dos deputados, no seguimento de referendo. Esta promulgação é acompanhada de uma mensagem, à mesma Assembleia, com o intuito aparente de persuadir os deputados a mitigar alguns dos males a que o Decreto se mostra indiferente; julgando, porventura, que assim agradará aos portugueses que votaram não, segurando este eleitorado para uma próxima reeleição.

Esta "lei", hoje promulgada, é gravemente injusta e o acto da sua promulgação consiste numa cooperação formal com o mal intrínseco do aborto provocado, tornando o Presidente Aníbal Cavaco Silva moralmente imputável por todos os homicídios/abortos, e demais consequências nefandas, praticados ao abrigo desta "lei", isto é, desta violência crudelíssima.

No Juízo particular e no Juízo final, depois da morte, Aníbal Cavaco Silva terá de responder perante Deus, e não perante os votos e as maiorias, não se podendo escudar na obediência aos mecanismos formais da democracia, como se estes fossem substitutos da moralidade ou da consciência. Ser-lhe-ão pedidas contas de todos e cada um dos assassínios/abortos, e demais consequências negativas, cometidos ao abrigo da iniquidade promulgada.

O Presidente da República podia ter vetado o Decreto. Se este fosse aprovado de novo na Assembleia, por maioria simples (e não de dois terços, como por lapso escrevi em artigo anterior), o Presidente podia ter pelo menos duas atitudes: ou dissolvia a Assembleia e convocava eleições ou renunciava ao mandato, explicando, em qualquer dos casos, as razões porque o fazia, a saber, a impossibilidade moral de cooperar numa injustiça de tal gravidade, dando, deste modo, testemunho de uma consciência verdadeira e recta, e mostrando ser um homem de boa vontade. Posto o povo diante de tal verticalidade e desassombro, bem poderia despertar para a extrema gravidade do que estava em questão e haver um geral sobressalto mobilizador contra o aborto, a favor da vida. E não se diga que em nome da estabilidade não seria prudente recorrer a tais expedientes, pelo contrário, porque prudente é aquele que constrói a casa (a sociedade) sobre a rocha (a vida); o insensato ao edificá-la sobre cadáveres de inocentes sustenta-a no pó, levando-a assim à ruína. De qualquer modo se há princípios inegociáveis, dos quais não se pode abdicar independentemente das consequências, o da protecção legal da vida humana inocente, desde o momento da concepção até à morte natural, é o primeiro de entre todos. *

* Desconheço em absoluto, irmão Aníbal, se alguém da Igreja te disse estas coisas, como era de sua obrigação. Por isso, as escrevi aqui. E mais adianto, és um desgraçado (não estás na graça de Deus) e se não te converteres perecerás miseravelmente.

Fonte: Boletim electrónico "Infovitae", Nº621, 3ªfeira, 10 de Abril de 2007

Governo russo reforça controle sobre mídia

Governo russo reforça controle sobre mídia
AP e Reuters

Moscovo - Em uma decisão que deve aumentar ainda mais o controle do governo
russo sobre a imprensa no país, o presidente Putin decretou nesta semana a
criação de uma super agência para regular todos os meios de comunicação,
incluindo a Internet. O novo órgão, criado antes das eleições parlamentares
previstas para este ano e da eleição presidencial no ano que vem, será na
verdade a fusão de duas antigas agências e emitirá licenças para emissoras
de rádio e de TV, jornais e sites da Internet, além de controlar seu
conteúdo editorial.

Jornalistas criticaram a medida, afirmando que ela prejudicará a Internet no
país, até então relativamente livre de controle. Segundo Roman Bodanin,
editor político do site gazeta.ru, a nova agência facilitará pressões do
governo sobre mídias independentes, pois ela mesma será responsável pela
liberação de licenças e supervisão de conteúdo.

Desde que chegou ao poder, Putin vem aumentando seu controle sobre a mídia.
A imprensa independente foi substituída por veículos pró-Kremlin e os
jornalistas são pressionados quando denunciam o governo. Segundo o Comité
para a Protecção de Jornalistas, a Rússia é o terceiro país mais perigoso
para repórteres, atrás apenas do Iraque e da Argélia.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

A Cruz que remiu o mundo

As matérias abaixo podem ser reproduzidas;
apenas se exige a citação da fonte. Ou seja, que elas foram publicadas
pela "Agência Boa Imprensa" (ABIM).

AGÊNCIA BOA IMPRENSA

Notícias e comentários destinados a órgãos do Brasil e do exterior

ABIM nº 956
Março
2007

A Cruz que remiu o mundo

Plinio Corrêa de Oliveira(*)

Inicia-se assim, meu adorado Senhor, a vossa caminhada para o lugar
da imolação. Não quis o Pai Celeste que fôsseis morto num golpe fulminante.
Vós teríeis de nos ensinar em vossa Paixão, não apenas a morrer, mas a
enfrentar a morte. Enfrentá-la com serenidade, sem hesitação nem fraqueza,
caminhando, até, para ela com o passo resoluto do guerreiro que avança para
o combate, eis a admirável lição que me dais.

Diante da dor, meu Deus, quanta é a minha covardia! Ora contemporizo
antes de tomar a minha cruz; ora recuo, traindo o dever; ora, por fim, eu o
aceito, mas com tanto tédio, tanta moleza, que pareço odiar o fardo que
vossa bondade me põe sobre os ombros.

Em outras ocasiões, quantas vezes fecho os olhos para não ver a dor!
Cego-me voluntariamente com um optimismo estúpido, porque não tenho coragem
de enfrentar a provação. E por isto minto a mim mesmo: não é verdade que a
renúncia àquele prazer se impõe a mim para que não caia em pecado; não é
verdade que devo vencer aquele hábito que favorece minhas mais entranhadas
paixões; não é verdade que devo abandonar aquele ambiente, aquela amizade
que minam e solapam toda a minha vida espiritual; não, nada disto é
verdade... fecho os olhos, e atiro de lado minha cruz.

Meus Jesus, perdoai-me tanta preguiça, e pela chaga que a Cruz abriu
em vossos ombros, curai, Pai de Misericórdias, a chaga horrível que em minha
alma abri com anos inteiros vividos no relaxamento interior e na
condescendência para comigo! (*)

(*) Plinio Corrêa de Oliveira (1908 – 1995), pensador e líder católico,
Catolicismo, Março/1951

Avisos outrora ridículos: indício de decadência intelectual

“Não banhe o nenê na lavadora”; “não seque o celular no microondas”;
“não passe com o ferro o bilhete da loteria”. Estas são algumas absurdas
advertências, mas que figuram em produtos comercializados no Ocidente
[foto]. Elas foram objecto de um concurso de “avisos mais extravagantes”,
realizado em Michigan (EUA). Contudo, se as empresas não as afixam, podem
ser processadas e condenadas a multas de milhões de dólares.

Numa era em que prevalecesse o bom senso, tais advertências seriam
alvo de chacotas. Entretanto, um estranho evanescimento explica o
aparecimento de avisos óbvios como esses, sem despertar uma sadia e
generalizada reacção do senso comum. (ABIM)

Grã-Bretanha: caça da raposa volta com mais força

O socialismo inglês interditou a secular caça da raposa, mas à custa
de tantas ambiguidades e excepções legais que, dois anos após a proibição,
retorna a aristocrática prática com muito mais vigor e entusiasmo. No Boxing
Day, início da estação de caça, participaram mais de 300.000 pessoas [foto].
Foi um recorde. Pela nova lei, os cachorros não podem atacar a raposa. Os
caçadores, para obviar essa dificuldade, usam águias ou falcões. Mas se a
ave falha e a raposa acaba nos dentes dos cães, a lei é omissa nesse ponto.
Só foi flagrado um acto ilegal. Pelo visto, os partidários ingleses da
tradição sabem ser jeitosos... (ABIM)

“Pacifistas” recusam-se a ver os presos anticastristas

Uma onda de protestos pseudo-pacifistas-humanitários quer fechar a
prisão americana de Guantánamo (Cuba), reservada para terroristas. Na
liderança dessa agitação figura a norte-americana Cindy Sheehan, apelidada
“mãe da paz”. O regime comunista favoreceu uma manifestação que ela promoveu
diante da referida prisão. Na ocasião, o grupo de mulheres de presos
políticos cubanos denominadas Damas de Blanco convidou-a para examinar os
cárceres castristas, em especial a prisão provincial de Guantánamo, a fim de
conhecer a desumana situação de anticomunistas presos por Fidel Castro. A
pacifista encerrou então sua manifestação para não prejudicar o regime
comunista de Castro. (ABIM)

Em Massachusetts: plebiscito contra “casamento” homossexual

Massachusetts é o único estado dos EUA onde o “casamento”
homossexual foi legalizado. Entretanto, mais de 170.000 pessoas assinaram
pedido de plebiscito para que Constituição estadual só reconheça o casamento
entre homem e mulher. O abaixo-assinado foi conferido e aprovado, mas os
deputados recusavam-se a convocá-lo. Por fim, o Supremo Tribunal estadual
lhes fez ver que estavam desrespeitando a Constituição. Os parlamentares, a
contragosto, marcaram o plebiscito. Este, segundo as sondagens, deve
interditar o pseudo-casamento entre sodomitas. Firmes e articulados, os
conservadores vencem em Massachusetts as arbitrárias e injustas oposições
dos adversários. (ABIM)

_____

Expediente:

Publicação quinzenal da Agência Boa Imprensa – ABIM · Propriedade:
Editora Padre Belchior de Pontes Ltda.

Diretor: Paulo Corrêa de Brito Filho · Jornalista Responsável: Nelson
Ramos Barretto, DRT/DF Nº 3116

Redatores: Paulo Henrique Chaves e Carlos Sodré Lanna

Administração: Rua Frederico Abranches, 389, cj. 62 CEP 01225-001 – São
Paulo – SP – Brasil

Fone: (0xx11)3333-6716 / Fax (0xx11)3331-6851

Correspondência: Caixa Postal nº. 1422 – CEP 01059-970 – São Paulo - SP

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quarta-feira, 4 de abril de 2007

Finlândia

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 19 de Março de 2007

Conservadores surpreendem em eleições parlamentares

O Partido do Centro, do premiê Matti Vanhanen, venceu por uma mínima margem
as eleições parlamentares de ontem na Finlândia. E perdeu quatro deputados
em relação às últimas eleições, ficando com apenas 23,2% dos votos.

Quem surpreendeu nos resultados foi a conservadora Coalizão Nacional,
principal partido de oposição, que se transformou na segunda força do país,
com 22,2% dos votos. O líder conservador, Jyrki Katainen, 35, disse que "os
finlandeses querem mudanças". Os social-democratas ficaram em terceiro
lugar, algo inédito em 20 anos.

O novo governo, em que Vanhanen deve continuar como premiê, pode surgir com
uma aliança entre o centro e os conservadores, deixando os socialistas na
oposição pela primeira vez desde 1995. Pouco maior que o Estado de São
Paulo, a Finlândia tem apenas 5,4 milhões de habitantes, que têm um dos mais
altos padrões de vida na Europa. Mas o desemprego, de 7%, atinge
especialmente os mais jovens.

Finlândia

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 19 de Março de 2007

Conservadores surpreendem em eleições parlamentares

O Partido do Centro, do premiê Matti Vanhanen, venceu por uma mínima margem
as eleições parlamentares de ontem na Finlândia. E perdeu quatro deputados
em relação às últimas eleições, ficando com apenas 23,2% dos votos.

Quem surpreendeu nos resultados foi a conservadora Coalizão Nacional,
principal partido de oposição, que se transformou na segunda força do país,
com 22,2% dos votos. O líder conservador, Jyrki Katainen, 35, disse que "os
finlandeses querem mudanças". Os social-democratas ficaram em terceiro
lugar, algo inédito em 20 anos.

O novo governo, em que Vanhanen deve continuar como premiê, pode surgir com
uma aliança entre o centro e os conservadores, deixando os socialistas na
oposição pela primeira vez desde 1995. Pouco maior que o Estado de São
Paulo, a Finlândia tem apenas 5,4 milhões de habitantes, que têm um dos mais
altos padrões de vida na Europa. Mas o desemprego, de 7%, atinge
especialmente os mais jovens.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

François Mitterrand dera asilo político a terrorista

O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 19 de março de 2007

PF e polícia francesa prendem ex-terrorista italiano em Copacabana
Marcelo Auler

Rio - O italiano Cesare Battisti, de 52 anos, condenado na Itália à prisão
perpétua sob a acusação de ter participado de quatro homicídios nos anos 70,
quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi preso
ontem de manhã quando caminhava no calçadão de Copacabana. Ele foi detido
numa operação conjunta da Polícia Federal brasileira e da polícia da França.

Sua prisão foi comemorada na Itália pelo primeiro-ministro, Romano Prodi,
que considerou o trabalho "brilhante", e pelo ministro da Justiça, Clemente
Mastella, que defendeu a extradição o mais rápido possível. Já na França, a
repercussão dividiu os meios intelectual e político, como já havia ocorrido
quando o foragido, também escritor de novelas policiais, esteve no país.

Os investigadores da polícia dos dois países seguiram a francesa Lucie
Genevieve Olés, que acabava de chegar ao Rio para entregar 9 mil (cerca de
R$ 25 mil) ao ex-terrorista. Os dois foram surpreendidos juntos.

Ele morava na cidade desde que fugiu da França em 2004, após a Justiça
cassar o asilo político que o presidente socialista François Mitterrand lhe
dera
. Há dois pedidos de prisão internacional contra ele, mas deve
prevalecer o feito pela Itália.

Battisti, segundo o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda,
será transferido para Brasília. Ele terá de esperar preso que o STF julgue o
pedido de extradição que o governo italiano oficializará ao Brasil. Por
enquanto, existe apenas o pedido de prisão feito pela Itália e endossado no
Brasil pelo ministro Celso de Mello.

Guerra das Maldivas

Buenos Aires/Madrid, 2 abril 2007. Hoy se cumple el vigésimo quinto aniversario del inicio de la batalla de las Malvinas. No pretende FARO examinar ahora los factores, harto complejos por cierto, que se entrecruzaron en esos acontecimientos. Pero sí recordar el heroísmo de los hermanos del Río de la Plata que durante unos días recuperaron para la Argentina las islas del Atlántico Sur, desde 1833 ocupadas contra derecho, entonces como ahora, por la Gran Bretaña.

Fue un gesto de dignidad, aunque a la postre fallido, en medio de un mundo de poderes odiosos y prepotentes. Al tiempo que elevamos una oración por quienes dieron su vida en una guerra justa, pedimos al Señor de los Ejércitos que nos dé, a los hijos de las Españas todas, la fuerza precisa para acabar con las tiranías anticristianas que, en ambos hemisferios, sojuzgan nuestros en otro tiempo tan católicos pueblos.



En la sección Artículos de FARO: "Evocación escolar de la Guerra de las Malvinas", por L.I.A.


Libros recomendados:

Ambos de Ediciones Nueva Hispanidad, http://www.nuevahispanidad.com