segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

ASPECTOS PSICOLÓGICOS ABORTO: A QUESTÃO EM SI

ASPECTOS PSICOLÓGICOS ABORTO: A QUESTÃO EM SI

(uma breve colectânea)

 

A Dra. Lílian Piñero Eça, biomédica, pesquisadora em biologia molecular pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) afirma, em artigo "Aborto: liberdade feminina para escolher a própria morte" publicado no Jornal do Advogado: "Quando a mulher está grávida, é secretado o hormônio da manutenção da gravidez, a progesterona, o qual adapta o corpo feminino à nova realidade biológica através de sinais que interagem as 75 trilhões de células, tornando a mulher, mãe do ser em seu ventre concebido. Quando a gravidez é interrompida com o aborto, ocorre uma diminuição abrupta de neurotransmissores secretados pelas células nervosas, ocorrendo por este motivo um desequilíbrio nos sinais celulares - é a depressão causada por motivos moleculares e, consequentemente, levando ao aumento da taxa de suicídio e infertilidade."

A realidade de ser mãe se inicia no momento da concepção, logo, qualquer tentativa induzida de aborto, independente das condições em que esse indivíduo é gerado (desejado ou não-desejado), será consequência do assassinato do próprio filho pela mãe. A agência de notícias ZENIT, em artigo publicado dia 01 de Setembro de 2006, intitulado "Estudo demonstra que adolescentes que abortam têm mais problemas psicológicos", comprova as pesquisas moleculares da Dra. Lílian. O estudo foi realizado nos EEUU pela Dra. Priscilla Coleman, da da Bowling Green State University, com 1.000 mulheres para descobrir as diferenças entre as adolescentes que tinham dado à luz e as que tinham praticado o aborto diante de uma gravidez inesperada, e constatou que as adolescentes que procederam ao aborto manifestaram cinco vezes mais necessidade de ajuda psicológica de que as que tiveram seus filhos. A pesquisadora afirma que "ser mãe na adolescência é inevitavelmente uma experiência que implica dificuldades, mas a ocorrência de problemas psicológicos com a prática do aborto é muito maior do que com a condução da gravidez".

A Dra. Alice Teixeira, no artigo intitulado: "A origem da vida do ser humano e o aborto" <<http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=47>>: comenta sobre um estudo realizado em 2004, pela Universidade Federal de São Paulo, em mulheres estupradas e que conceberam uma criança, o seguinte: "Quanto às vítimas de estupro, que já sofreram um ato de grande violência, não tem cabimento se propor outro ato de igual violência, como o aborto. Num levantamento realizado em 2004 na UNIFESP, verificou-se que 80% destas mulheres grávidas por estupro se recusaram a abortar, e estão contentes com os filhos, enquanto que as 20% que realizaram o aborto estão arrependidas." E ainda observa quanto às mulheres pobres grávidas, que vivem em favelas: "Com relação às mulheres grávidas pobres das favelas de São Paulo, e principalmente as adolescentes, quando entrevistadas, afirmaram que seus filhos são desejados, recusaram o aborto. Querem atendimento médico e melhores condições de vida para criar seus filhos."

 



domingo, 21 de janeiro de 2007

Digam-me porquê???

Digam-me porquê???

 

O PATRIOTA

 

António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o Dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado Da Colômbia) estava a fazer na máquina  (Made in Chech Republic),  barbeou-se Com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss). 

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain). 

Pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) Para ver as previsões meteorológicas. 

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de Laranja (produced in Israel), entrou no carro (Made in Sweden) e continuou à Procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de whisky (produced in Scotland), ligou a TV  (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar

um emprego em PORTUGAL...

 



sábado, 20 de janeiro de 2007

FALANDO DE DISTÂNCIAS ENTRE CORAÇÕES

FALANDO DE DISTÂNCIAS ENTRE CORAÇÕES

Mahatma Gandhi

 

 

 

 Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

 "Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"

"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.

"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?"

Questionou novamente o pensador.

"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar:

"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu:

  "Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?"

O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas,

Seus corações se afastam muito.

  Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.

Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?

Elas não gritam. Falam suavemente. E por que?

Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.

Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem.

É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."

Por fim, o pensador conclui, dizendo:

"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".

 



Fábula dos porcos assados

Fábula dos porcos assados

 

 

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Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir dai, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: as vezes, os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assa-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas.

Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferências passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se os congressos, seminários e conferências.

 

As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas a indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou a inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda as arvores, excessivamente verdes, ou a humidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura:

maquinaria diversificada, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incendiadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores nocturnos e diurnos - com especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de Inverno etc.). Havia especialista também em ventos - os anemotécnicos. Havia um director geral de assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas.

 

Havia sido projectada e encontrava-se em plena actividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa humidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores arvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, alem de mecanismos para deixa-los sair apenas no momento oportuno.

Foram formados professores especializados na construção dessas instalações.

Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores fossem especializados na construção das instalações para porcos. Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos etc.

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse

47 graus e posicionar ventiladores gigantes em direcção oposta a do vento, de forma a direccionar o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas ideias em dados e pesquisas específicos.

 

Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso) chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.

 

Tendo sido informado sobre as ideias do funcionário, o director geral de assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente,

disse-lhe:

"Tudo o que o senhor disse esta muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?". "Não sei", disse João.

"E os especialistas em sementes? Em arvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas maquinas purificadores automáticas de ar?". "Não sei".

"E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao pais? Vou manda-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano tem trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?". "Não sei", repetiu João, encabulado.

"O senhor percebe, agora, que a sua ideia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas!

O que o senhor espera que eu faça com os quilómetros e quilómetros de bosques já preparados, cujas arvores não dão frutos e nem tem folhas para dar sombra?

Vamos, diga-me?". "Não sei, não, senhor".

"Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades cientificas do mais extraordinário valor?". "Sim, parece que sim".

"Pois então. O simples facto de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o pais?" "Não sei".

"Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotécnicas actualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transformá-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!". "Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João.

"Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por ai que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua ideia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?".

 

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "a". Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu.

 

 

Autor desconhecido ou ignorado



sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

CARTA DE CACILDA SOBRE SUA FILHA MARCELA, ANENCÉFALA

CARTA DE CACILDA SOBRE SUA FILHA MARCELA, ANENCÉFALA

 

A carta abaixo foi lida em todas as paróquias da Diocese de Franca (SP), por ordem do bispo Dom Diógenes. Na época, a pequena Marcela tinha 11 dias de nascida (nasceu em 20/11/2006). Permanece viva, na Santa Casa de Patrocínio Paulista, sob os cuidados de sua mãe Cacilda.

(O vídeo de Marcela pode ser baixado em http://www.providaanapolis.org.br/marcelasom.mpg)

Patrocínio Paulista, 30 de Novembro de 2006.

 

Hoje, minha filha está com 11 dias de vida, embora eu considero que ela começou a viver quando foi concebida dentro de mim. Vida esta que é abençoada por Deus.

Sabe, meu Deus, ela é muito linda, sorri, mexe muito até aprendeu a dar gritinhos, enfim ela é perfeita, às vezes dá um susto na gente, mas logo passa, e volta a sorrir novamente.

Ela é uma princesinha, uma rosa que veio enfeitar a minha vida, uma jóia de muito valor que o Senhor me confiou para eu cuidar até que venha buscar.

Sabe, meu Deus, sei que vou sofrer, mas tenho a certeza que o Senhor vai me consolar, pois amo muito a minha filha, desde quando ela estava em meu útero.

Quando ela estava em meu útero, os médicos não davam esperança nenhuma, pois acreditavam que ela não sobreviveria, mas ela está aqui até quando o Senhor quiser.

Todas as vezes que eu vinha ao médico, saía triste, mas logo ficava feliz novamente por sentir o bebé mexendo e chutando a minha barriga, não sabia o sexo, mas já a amava mesmo assim.

Ao mesmo tempo, parecia que ela estava me conformando, conversando comigo através dos chutes que ela me dava. Como se estivesse me agradecendo por não ter tirado a vida dela.

 

Cacilda Galante

 

-- Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis

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"Coração Imaculado de Maria, livrai-nos da maldição do aborto"



quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

«Cultural e moralmente, o "Não" é a única resposta legítima»

Portugal: «Cultural e moralmente, o "Não" é a única resposta legítima», segundo cardeal

D. José Policarpo fala sobre o referendo para a legalização do aborto

 

LISBOA, segunda-feira, 8 de Janeiro de 2007 (ZENIT.org).- Dom José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que a legalização do aborto não é uma solução «legítima» para o drama do aborto, sublinhando que «uma tal lei fere princípios éticos universais», segundo informou nessa tarde a agência de notícias portuguesa Ecclesia.

 

Segundo o órgão informativo o Cardeal-Patriarca de Lisboa, no primeiro de cinco textos que serão publicados sobre o tema, no semanário «Voz da Verdade», do Patriarca de Lisboa, esclareceu que «cultural e moralmente, o "Não" é a única resposta legítima» no próximo referendo sobre o aborto, que tem por objectivo alargar o prazo para a realização do aborto até a décima semana da gestação, baseando-se somente na vontade da mulher grávida.

 

Em relação à alegação de que a legalização do aborto solucionaria o drama do aborto clandestino, D. José Policarpo sublinha que, em outros países, «a legalização não resolveu significativamente o problema», mas elevou a cifra global de abortos.

 

Revela também que o aborto não é um direito da mulher, pois «o feto é um corpo de outro ser humano, que a mulher recebe no seu corpo, para o fazer crescer» -diz o cardeal-.

 

Por fim, segundo revela Ecclesia, o Patriarca de Lisboa questiona a posição de «alguns católicos, que se querem distanciar da doutrina da Igreja» e defendem que o aborto é um «direito da mulher». D. José Policarpo pergunta se estes católicos não estarão a fazer «equivaler a destruição da vida do feto ao incómodo de uma maternidade indesejada?».



segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Género: que é isso?

Género: que é isso? (por trás dessa palavra esconde-se toda uma ideologia...)

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

 

Hoje em dia, muitas vezes a palavra "género" aparece em contextos onde esperávamos encontrar a palavra "sexo". Em vez de se falar de diferença entre os sexos, fala-se de diferença entre os géneros. Em vez de discriminação por causa de sexo, fala-se em discriminação por causa de género. As pessoas desavisadas podem achar que o termo "género" é inofensivo. Seria apenas um sinónimo de sexo. No entanto tal palavra esconde toda uma ideologia: a "ideologia de género". Sobre este assunto, a Conferência Episcopal Peruana elaborou um documento "La ideología de género: sus peligros y sus alcances"[1], publicado em Abril de 1998, cujo conteúdo pretendo resumir aqui. A chamada "perspectiva de género" resume-se nos seguintes princípios:

 

1. Não existe um homem natural nem uma mulher natural. O ente humano nasce sexualmente neutro. A sociedade é que constrói os papéis masculinos ou femininos. "Géneros" são papéis socialmente construídos.

 

2. Não é a natureza, mas a sociedade que impõe à mulher e ao homem certos comportamentos e certas normas diferentes. Assim, se desde pequena a mulher brinca de boneca e casinha, isso não se deve a um instinto materno (que para as feministas de género não existe), mas simplesmente a uma convenção social. Se as mulheres casam-se com homens, e não com outras mulheres, isso não se deve a uma lei da natureza, mas uma construção da sociedade. Se os homens sentem-se na obrigação de trabalhar fora de casa para sustentar a família, enquanto as mulheres sentem necessidade de ficar junto aos filhos, nada disso é natural. São meros papéis, desempenhados por tradição, mas que poderiam perfeitamente ser trocados.

 

3. Tais ideias, que são meras construções sociais, servem para justificar o domínio da mulher pelo homem. Assim, a mulher, ingenuamente, "acredita" que seu lugar mais importante é o lar, que nasceu para se mãe, que deve sacrificar-se pelos filhos, que deve ser fiel ao marido... Tais "construções sociais" não têm fundamento, dizem as feministas. Assim, é preciso "desconstruir" tais ideias, conscientizando a mulher de que ela está sendo enganada e explorada.

 

4. Uma vez liberta de tais "construções sociais", a mulher vê-se livre para construir a si mesma: pode livremente optar por ser lésbica, por não ser mãe ou por matar o filho concebido (ou, como se diz, "interromper a gravidez"). Tudo passa a ser permitido.

 

O marxismo: origem da ideologia de género

 

A ideologia de género, que causou enorme discussão na IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher (Pequim, 1995), tem sua origem em Frederick Engels , amigo inseparável de Karl Marx. Em seu livro "A origem da família, da propriedade e do Estado" (1884), Engels dizia:

 

"O primeiro antagonismo de classes da história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher, unidos em matrimónio monógamo, e a primeira opressão de uma classe por outra, com a do sexo feminino pelo masculino"[2]. Segundo a doutrina marxista, não há conciliação possível entre as classes. Operários e patrões são necessariamente inimigos. Os operários não devem buscar melhorias para sua classe. Devem fazer uma revolução, que terá por fim acabar com as classes. Marx pregava uma tomada do poder pelo proletariado. Depois de algum tempo, o Estado iria desaparecer, não haveria mais classes sociais e tudo seria comum. Seria instaurado o comunismo.

 

Seguindo a mesma linha, o feminismo actual, com bases no marxismo, não deseja simplesmente melhorias para as mulheres. Deseja eliminar as "classes sexuais". Diz a feminista radical Shulamith Firestone, em seu livro "The Dialectic of Sex" (A dialética do sexo):

 

"... assegurar a eliminação das classes sexuais requer que a classe subjugada (as mulheres) faça uma revolução e se apodere do controle da reprodução, que se restaure à mulher a propriedade sobre seus próprios corpos, como também o controle feminino da fertilidade humana, incluindo tanto as novas tecnologias como todas as instituições sociais de nascimento e cuidado de crianças. E assim como a meta final da revolução socialista era não só acabar com o privilégio da classe económica, mas com a própria distinção entre classes económicas, a meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente - à diferença do primeiro movimento feminista - não simplesmente acabar com o privilégio masculino, mas com a própria distinção de sexos: as diferenças genitais entre os seres humanos já não importariam culturalmente".

 

As feministas de género, fiéis à visão marxista, dizem que toda desigualdade é injusta. Que o trabalho exercido pelo homem seja diferente do exercido pela mulher é simplesmente uma injustiça institucionalizada. É preciso acabar com ela. A respeito da mulher que opta por ficar em seu lar cuidando dos filhos, diz a feminista Christina Hoff Sommers:

 

"Pensamos que nenhuma mulher deveria ter esta opção. Não se deveria autorizar a nenhuma mulher ficar em casa para cuidar de seus filhos. A sociedade deve ser totalmente diferente. As mulheres não devem ter essa opção, porque se essa opção existe, demasiadas mulheres decidirão por ela"[3].

 

(Até aqui o resumo do documento da Conferência Episcopal Peruana)

 

Redefinição de família

 

O feminismo de género é inimigo frontal da família, lugar em que os papéis de cada sexo são "socialmente construídos". Para abolir a família, é mais eficiente conservar seu nome e mudar o seu sentido. Família poderia significar não apenas a união perpétua entre um homem e uma mulher com seus filhos (como nós a conhecemos), mas também, por exemplo, a união de duas lésbicas e mais uma criança gerada por inseminação artificial; ou então dois homossexuais e um filho "adoptivo".A recém-aprovada Lei 11.340, de 7 de Agosto de 2006, conhecida como "Lei Maria da Penha", redefine família como "a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa" (art. 5°, II). E acrescenta: "As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual" (art. 5°, parágrafo único). Essa lei, sancionada com o objectivo de coibir a violência contra a mulher, pretende ser o cumprimento da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), que o Brasil assinou em 1981 e ratificou em 1984. O texto da Convenção nada fala em favor do aborto ou do homossexualismo. Mas o Comité internacional estabelecido para acompanhar o cumprimento da Convenção tem defendido abertamente tais ideias. Curioso é o texto em que o Comité critica a Bielo-Rússia (também chamada Belarus) pela reintrodução do "Dia das Mães" e do "Prémio das Mães":

 

"Preocupa o Comité a contínua prevalência dos estereótipos do papel de cada sexo e a reintrodução de símbolos como o “Dia das Mães” e o “Prêmio das Mães”, que é visto como um encorajamento aos papéis tradicionais das mulheres. Preocupa também se a introdução da educação dos direitos humanos e de género, em oposição a tal estereotipação, está sendo efectivamente implementada."[4]

 

Como se vê, a educação sob perspectiva de género é indicada pelo Comité como remédio para a falta cometida pela Bielo-Rússia, de instituir um dia para valorizar a maternidade da mulher, que é apenas um "papel tradicional" a ser eliminado. Homo fobia

 

Se nada há de natural na complementação homem-mulher, os que criticam o homossexualismo devem ser punidos como "homofóbicos". Pelo Projecto de Lei 5003-B, de 2001, aprovado pela Câmara em 23/11/2006, a prática de actos de homossexualidade deixa de ser vício e passa a ser direito humano. Essa proposição, que vai agora à apreciação pelo Senado, cria várias condutas consideradas crimes de "homo fobia". A punição para o reitor de um seminário que não admitir o ingresso de um aluno homossexual está prevista para 3 a 5 anos de reclusão (art. 5°)[5]. Aquele que ousar proibir ou impedir a prática de um ato obsceno ("manifestação de afectividade") praticado em público por homossexuais receberá idêntica sanção penal (art. 7°). Interessante é como a palavra "género" aparece tantas vezes na proposta legislativa. Já em seu artigo 1°, ela diz que pretende definir "os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de género, sexo, orientação sexual e identidade de género".

 

É preocupante que a "perspectiva de género" esteja presente entre os propósitos do segundo governo Lula. À promoção do homossexualismo é dedicado um caderno de 14 páginas: "Lula presidente: construindo um Brasil sem homo fobia: Programa Setorial Cidadania GLBT 2007 / 2010" . Sem o menor escrúpulo, o presidente se compromete a aprovar a "união civil entre pessoas do mesmo sexo, estendendo aos casais homossexuais os mesmos direitos que os casais heterossexuais possuem. Inclusive o reconhecimento e protecção de suas famílias, garantindo o direito à adopção" (p. 13).[6]

 

A doutrina cristã sobre a sexualidade

 

Homens e mulheres são diferentes, mas não são inimigos natos. Ao contrário, são mutuamente complementares. Um precisa do outro e completa-se no outro.[7] Porém, pela ideologia de género, esta visão cristã que vê em cada sexo uma vocação e missão específica é taxada de visão "sexista". O "sexismo" e a "homofobia" são dois inimigos a serem combatidos por essa ideologia. Como se percebe, quem tem coragem para defender a doutrina cristã deve estar pronto para ser perseguido.

 

Anápolis, 6 de janeiro de 2007

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis

 

[1] CONFERENCIA EPISCOPAL PERUANA. Comisión Episcopal de Apostolado Laical.

Comisión ad-hoc de la mujer. La ideología de género: sus peligros y alcances. Lima, abr. 1998. Disponível em http://www.vidahumana.org/vidafam/iglesia/genero.html.

[2] ENGELS, Frederick , The Origin of the Family, Property and the State, International Publishers, New York , 1972, pp. 65-66.

[3] SOMMERS, Christina Hoff. Who Stole Feminism?, Simon & Shuster , New York, 1994, p.257.

[4] Concluding Observations of the Committee on the Elimination of Discrimination Against Women: Belarus . 31/01/2000, n. 361.

[5] Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de selecção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos.

[6] Disponível em: <http://www.lulapresidente.org.br/site/download/militante/cartilha/GLBT_205x265.zip>

[7] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo. 31 maio 2004.

 

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis

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"Coração Imaculado de Maria, livrai-nos da maldição do aborto"

 



Aumenta actividade das seitas e do satanismo na França

Aumenta actividade das seitas e do satanismo na França

Segundo informe da Conferência Episcopal

 

PARIS, quinta-feira, 11 de Janeiro de 2007 (ZENIT.org).- A França recebeu um sinal de alerta ante o crescente satanismo enfrentado pelas estruturas cristãs. A denúncia, apoiada por números e estatísticas, é do Pe. Benoit Domergue, sacerdote da diocese de Bordéus, responsável pelo estudo deste fenómeno por encargo da Conferência Episcopal francesa.

 

O Pe. Domergue fez público recentemente um informe no qual demonstra que no último ano, os fenómenos de profanação de igrejas, cemitérios e lugares de culto cristãos chegou a níveis recordes: em 2006, foram 214 casos deste tipo, 60% a mais que no ano anterior.

 

Mas segundo os especialistas do sector, trata-se de um número aproximado, já

que muitos dos actos anti cristãos de sinal diabólico não são descobertos pelos investigadores.

 

São principalmente os jovens os autores desses gestos: «O ressurgimento do satanismo se deve a duas causas concomitantes - explica o Pe. Domergue ao diário «Avvenire». Por um lado, uma sub-cultura colectiva, veiculada por certa música rock, alguns videogames e quadrinhos de tipo 'gótico'; por outro, uma neurose individual, típica da condição adolescente».

 

Justamente por isso, Domergue se encontrou, desde 2000 até hoje, com cerca de 50.000 rapazes e moças do ensino médio e superior em todo o país: «Internet, shows, rock: são estes os momentos nos quais os muitos jovens entram em contacto com o mundo satânico. O fenómeno está muito mais estendido do que se crê», diz o Pe. Domergue. E Jean-Michel Roulet, presidente de Miviludes, a Agência ministerial de vigilância contra as seitas, aumenta o sinal de alerta: «5% dos suicídios de jovens com menos de 25 anos -- cerca de cem por ano --, são atribuíveis ao satanismo», declarou à revista «L'Express», que em Abril passado dedicou a este fenómeno uma pesquisa detalhada.

 

E em seu informe sobre as seitas, feito público em Março de 2006, a agência Miviludes considera «sensível» o aumento do fenómeno do satanismo, que encontra adeptos graças a «valores anti cristãos e anti-republicanos [sic!]», apoiando-se em «gostos musicais, práticas sexuais desviadas, atitudes pronunciadas com relação à magia e o vampirismo».

 

As regiões francesas mais afectadas pela praga satânica em versão anticristã são a Alsácia e a Bretanha. Foi justamente em Alsácia onde David Oberdorf, um trabalhador da Peugeot, matou um sacerdote local com 33 punhaladas.

 

E justamente em Bretanha, em 2006, verificou-se uma série de inquietantes acontecimentos, obra de dois rapazes muito jovens. No lapso de quinze dias, Amandone Tatin, de 20 anos, e Ronan Cariou, de 21, coleccionaram uma série impressionante de acções satânicas contra lugares cristãos: dois cemitérios profanados, o incêndio de uma capela e uma cruz, a exumação de um cadáver.

 

Uma vez presos, os dois declararam ter actuado sob o impulso de um «ódio absoluto contra todas as religiões».

 

 

 



sábado, 13 de janeiro de 2007

COMITÉ DA ONU PRESSIONA NICARAGUA SOBRE DECISÃO PRÓ-VIDA

COMITÉ DA ONU PRESSIONA NICARAGUA SOBRE DECISÃO PRÓ-VIDA

Friday Fax, November 2, 2006, Volume 9, Number 46

By Susan Yoshihara, Ph D

RESENHA

(NEW YORK - C-FAM)

 

Um poderoso Comité da ONU interveio na votação da Nicarágua sobre o aborto na semana passada, exortando os legisladores nacionais a desconsiderar os líderes religiosos e em vez disso aconselhar-se com a ONU.

 

Em uma carta à Assembleia Nacional da Nicarágua, Sílvia Pimentel, vice presidente do Comité para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres (CEDAW - Committee on the Elimination of Discrimination against Women), criticou a influência das "hierarquias da Igreja Católica e algumas Igrejas Evangélicas" no projecto de lei que reforma a Código Penal da Nicarágua.

 

Pimentel assegurou que, pelo próprio facto de aconselhar-se com os líderes religiosos, a Nicarágua teria violado a sua Constituição, já que o país é "um Estado independente, livre, soberano unitário e indivisível", e que "não possui religião oficial".

 

Escrito em nome de todo o Comité do CEDAW, a carta afirma "pedir aos honoráveis deputados nicaraguenses que adiem a corrente discussão sobre o código penal e adoptem um processo de consulta para permitir que as decisões sejam baseadas na defesa do Estado Secular".

 

Pimentel, jurista brasileira e coordenadora do lobby Latino Americano a favor do aborto, CLADEM, é professora de Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no Brasil. Seu cargo no CEDAW acaba de ser prorrogado por mais dois anos. Sua carta afirma que "o direito a um aborto terapêutico é inerente aos direitos humanos, assim como o direito à vida e o direito à saúde, e protegido por tratados e convenções internacionais assinados pela Nicarágua". Na realidade, o aborto não é mencionado por nenhum tratado internacional. Quando ele foi mencionado em uma resolução não vinculante, a Nicarágua e outras nações fizeram reservas excluindo qualquer direito ao aborto.

 



sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

GOVERNO DA AUSTRÁLIA, DESESPERADO PELA TAXA CRESCENTE DE ABORTOS, ELABORA PACOTE MILIONÁRIO E CONTRATA A IGREJA CATÓLICA

CAMPANHA NACIONAL BRASIL SEM ABORTO

 

GOVERNO DA AUSTRÁLIA, DESESPERADO PELA TAXA CRESCENTE DE ABORTOS, ELABORA PACOTE MILIONÁRIO E CONTRATA A IGREJA CATÓLICA

 

APRESENTAÇÃO E RESENHAS

por espvida@osite.com.br

 

Este é mais um exemplo dramático de como a legalização do aborto não faz com que as taxas de abortos diminuam, ao contrário do que afirmam em todo o mundo os promotores do aborto e, no Brasil, os promotores do projecto da Comissão Tripartite que pretende legalizar o aborto no Brasil durante os nove meses da gravidez. O governo da Austrália, desesperado por ter perdido o controle sobre a taxa de abortos que não pára de subir no país, elaborou um pacote de 51 milhões de dólares australianos, aproximadamente 40 milhões de dólares americanos, para contratar a Igreja Católica na montagem de um serviço nacional de aconselhamento sobre gravidez e aborto. Três organizações pró aborto que poderiam ter sido contratadas porque já oferecem estes serviços foram simplesmente ignoradas. O Ministro da Saúde afirma que o número de aborto na Austrália está excessivamente alto e pensa que os recursos destinados pelo governo poderão ter um impacto positivo na diminuição desta taxa. Tal como na Nova Zelândia, a taxa de abortos na Austrália tem subido ano após ano depois de sua legalização. De um total de 66.000 abortos por ano em 1985, subiu progressivamente para 71.000 em 1987, para 83.000 em 1991, para 92.000 em 1995 mantendo-se constante em torno de 88.000 até 2002. Depois disso voltou novamente a subir e no ano passado o Ministério da Saúde já contabilizava 100.000 abortos por ano.

 

Os dados, com excepção dos do ano passado, constam do site http://www.mja.com.au/public/issues/182_09_020505/cha10829_fm.html

 

Estimate of TNA (A+B) = Total Number of Abortion = Abortions from Medicare claims by private patients (A) + Abortions from hospital morbidity statistics for public patients (B) 1985 = 66 554 ; 1986 = 70 692 ; 1987 = 71 158 ; 1988 = 73 695 ; 1989 = 78 411 ; 1990 = 81 727 ; 1991 = 83 071 ; 1992 = 86 715 ; 1993 = 86 865 ; 1994 = 89 735 ; 1995 = 92 001 ; 1996 = 90 869 ; 1997 = 89 260 ; 1998 = 88 612 ; 1999 = 87 460 ; 2000 = 88 683 ; 2001 = 90 085 ; 2002 = 88 295 ; 2003 = 86 162

 

A seguir uma resenha em português e espanhol de alguns dos principais periódicos australianos comentando a paradoxal notícia nestes primeiros dias de Janeiro. Na Austrália o aborto aumenta continuamente e as pesquisas revelam que não apenas o governo, mas o próprio povo acha excessivo o número de abortos praticado, mas ao mesmo tempo a esmagadora maioria é a favor do acesso fácil ao procedimento e não admite nenhuma restrição ao direito de escolha da mulher.

 

NOTE QUE O GOVERNO DA AUSTRÁLIA, ASSIM COMO O POVO, NÃO ESTÁ SE TORNANDO A FAVOR DA VIDA.

 

O que os incomoda é apenas o número excessivamente alto e crescente dos abortos. Dentro de certos níveis, a prática é bastante bem aceita pela população em geral. O que é desconcertante é que, para poder controlar o seu número, o governo tenha que ter elaborado um pacote milionário e contratado directamente a Igreja Católica para ajudá-lo, preterindo sem discussão todas as demais organizações supostamente especialistas no assunto. No final encontram-se os artigos originais em inglês em sua íntegra.

 

AUSTRÁLIA INAUGURARÁ UM SERVICIO SOCIAL TELEFÓNICO PARA REDUCIR LOS ABORTOS

http://www.abc.es/20070103/internacional-internacional/australia-inaugurara-servicio-social_200701030243.html

 

AUMENTA O FUROR CONTRA AJUDA ON LINE

http://www.theage.com.au/news/national/helpline-furore-widens/2007/01/03/1167777154175.html

 

GRUPO CATÓLICO DARÁ ACONSELHAMENTO SOBRE ABORTO NA AUSTRÁLIA

http://www.news.com.au/perthnow/story/0,21598,21001055-5005361,00.html

 

MINISTRO DA SAÚDE ANUNCIA SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO POR EQUIPE CONTRATADAPELO GOVERNO

http://www.news.com.au/heraldsun/story/0,21985,21001494-5005961,00.html

 

RESSENTIMENTOS PELO PAPEL DA IGREJA NO ABORTO

http://www.news.com.au/heraldsun/story/0,21985,21001320-662,00.html

 

VIDA E PAZ PARA TODOS...

 

MDV - Movimento em Defesa da Vida - mdv@defesadavida.com.br Jerson L. F. Garcia - joicejerson@defesadavida.com.br Porto Alegre - RS – Brasil 1981/2007 - 26 anos em Defesa da Vida "Defenda a Vida desde a sua concepção" - clique www.defesadavida.com.br

08/OUTUBRO - DIA NACIONAL PELO DIREITO À VIDA



El hijo del Usurpador (o jefe de Estado constitucional)

Madrid, 11 enero 2007. El hijo del Usurpador (o jefe de Estado constitucional) muestra una marcada tendencia a no estar donde debe (según su supuesta representación) y a estar donde no debe. "Dificultades de agenda" le impedían asistir a un congreso antiterrorista en Colombia; pero no la presencia en la toma del poder de Tabaré Vázquez en Uruguay, y en multitud de actos frívolos o francamente vergonzosos. Al fin y al cabo, la actual monarquía (que no es monarquía, sino república coronada) pasó de ser la monarquía de Franco a la monarquía del PSOE. Así que las víctimas ecuatorianas del atentado de ETA en Barajas tampoco han movido a Felipe; pero la toma de posesión de Daniel Ortega en Nicaragua, sí. Como lo relata (con los consabidos errores de tratamiento y apellido) el confidencial digital Hispanidad:

 

El Príncipe Felipe no pudo acudir a Barajas, pero se fue a Managua

 

Felipe de Borbón, heredero al trono, no acudió a visitar a los familiares de los dos ecuatorianos asesinados por ETA en el Aeropuerto de Barajas. Sin embargo, ha acudido a la toma de posesión del sandinista Daniel Ortega, con quien se ha dejado ver sonriente en las fotografías. El anterior mandato presidencial de Ortega se caracterizó por un marxismo agresivo que estuvo a punto de terminar en una dictadura consolidada. Lo que vaya a hacer ahora es un misterio para toda la comunidad internacional. El segundo misterio es la actitud del Príncipe heredero.

 

Vídeo sobre el Jefe de Estado constitucional y los suyos, que FARO ya ha recomendado en despachos anteriores:

http://www.youtube.com/watch?v=p9na4cYtL_0

 

Información sobre S.A.R. Don Sixto Enrique de Borbón, Abanderado de la Tradición y depositario de la legitimidad dinástica española:

 En Carlismo.es: pinchar aquí

En FARO: pinchar aquí

 



quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Senado Chileno substitui pesquisa sobre o aborto após maciça resposta

Senado Chileno substitui pesquisa sobre o aborto após maciça resposta
pro-vida

SANTIAGO, 05 Jan. 07 (ACI) .- A página Web do Senado Chileno decidiu
eliminar uma controvertida pesquisa sobre a legalização do aborto no país,
ao parecer como reacção a uma maciça resposta de organizações pro-vida.

A sondagem sobre a possibilidade de legalizar o aborto -um dos objectivos
sociais de alguns senadores da coalizão de governo-, publicada na secção de
pesquisa da página Web do Senado, foi rapidamente substituída por um inócuo
questionário sobre administração educativa logo que a organização "Mexa-se
Chile " advertiu sobre a pesquisa.

"Mexa-se Chile" atribuiu a iniciativa da pesquisa ao Senador radical Nelson
Avila. "Graças a todos os que defendem a vida, a reacção foi contundente e
desapareceu a pesquisa, assim de simples", explicou o porta-voz da
organização.



domingo, 7 de janeiro de 2007

Santo Ambrósio

7 de Dezembro
Santo Ambrósio,
Bispo, Confessor e Doutor da Igreja
(+ Milão, 397)

Era funcionário do Império e governava o norte da Itália quando os fiéis da
diocese de Milão, inspirados por Deus, o aclamaram seu bispo. Àquela altura,
Ambrósio era apenas catecúmeno e ainda não havia recebido o baptismo. Mas
foram tão claros os sinais de que era a voz de Deus que naquele momento
falava pela boca dos populares que, depois de alguma hesitação, Ambrósio
aceitou. Foi baptizado, ordenado sacerdote e sagrado bispo. Tomando
inteiramente a sério as novas responsabilidades, colocou sua imensa cultura
e sua invulgar capacidade administrativa ao inteiro serviço da Igreja.
Combateu heresias, favoreceu e defendeu a virgindade consagrada a Deus,
empenhou-se tenazmente para extirpar os restos de paganismo do Império. Não
hesitou em enfrentar o imperador Teodósio, impondo a ele uma penitência
pública porque se portara mal. Deixou numerosos escritos de alto valor
intelectual, e teve papel eminente na conversão de Santo Agostinho.

Cardeal Cottier: «Igreja deve falar do demônio»

Quarta-Feira, 18 de Janeiro de 2006

Cardeal Cottier: «Igreja deve falar do demónio»

Purpurado de 83 anos e «teólogo do Papa» até Dezembro [2005] passado

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de Janeiro de 2006 (ZENIT.org).-
Publicamos a introdução do cardeal Georges Marie Martin Cottier OP --escrita
sendo ainda Teólogo da Casa Pontifícia-- ao livro «Presidente degli
esorcisti - Esperienze e delucidazioni di Don Grabriele Amorth» (Presidente
dos exorcistas - Experiências e esclarecimentos de Gabriel Amorth),
recém-publicado por «Edizione Carismatici Francescani».

O padre Gabriel Amorth é exorcista da diocese de Roma, fundador e presidente
honorário da Associação Internacional de Exorcistas.

* * *

A Igreja deve falar do demónio. Pecando, o anjo decaído não perdeu todo o
poder que tinha, segundo o plano de Deus, no governo do mundo. Agora utiliza
este poder para o mal. O Evangelho de João o chama: «o príncipe deste mundo»
(Jo 12, 31) e na primeira carta também de João se lê: «O mundo inteiro está
sob o poder do Maligno» (1 Jo 5, 19). Paulo fala de nossa batalha contra as
potências espirituais (CF. Ef. 6, 10-17). Podemos também nos remeter ao
Apocalipse.

Temos que combater as forças do mal não só humanas, mas também sobre-humanas
em sua origem e inspiração: basta pensar em Auschwitz, nos massacres de
povos inteiros, em todos os horrendos crimes que se cometem, nos escândalos
dos que são vítimas os pequenos e os inocentes, no êxito das ideologias de
morte, etc.

É oportuno recordar alguns princípios. O mal do pecado é realizado por uma
vontade livre. Só Deus pode penetrar no profundo do coração da pessoa; o
demónio não tem o poder de entrar neste sacrário. Actua somente no exterior,
sobre a imaginação e sobre os afectos de raiz sensível. Ademais, sua acção
está limitada pela permissão de Deus omnipotente.

O diabo actua geralmente através da tentação e do engano, é mentiroso (Cf. Jo
8, 44). Pode enganar, induzir ao erro, iludir e, provavelmente mais que
suscitar, pode secundar os vícios e os germens de vícios que estão em nós.

Nos Evangelhos sinópticos, a primeira aparição do demónio é a tentação no
deserto, quando submete Jesus a várias incursões (Cf. Mt 4, 11 e Lc 4,
1-13). Este fato é de grande importância.

Jesus curava enfermidades e patologias. Referem-se no conjunto ao demónio,
porque todas as desordens que afligem a humanidade são reduzíveis ao pecado,
do qual o demónio é o instigador. Entre os milagres de Jesus há libertações
de possessões diabólicas, no sentido preciso.

O demónio é muito mais perigoso como tentador que através de sinais
extraordinários ou manifestações exteriores assombrosas, porque o mal mais
grave é o pecado. Não por acaso, na oração do Senhor pedimos: Não nos deixe
cair em tentação. Contra o pecado o cristão pode lutar vitoriosamente com a
oração, a prudência, na humildade, conhecendo a fragilidade da liberdade
humana, com o recurso aos sacramentos, antes de tudo a Reconciliação e a
Eucaristia. Deve também pedir ao Espírito Santo o dom de discernimento,
sabendo que os dons do Espírito Santo se recebem com a graça do Baptismo.

São Tomás e São João da Cruz afirmam que temos três tentadores: o demónio, o
mundo (reconhecemos certamente em nossa sociedade) e nós mesmos, ou seja, o
amor próprio. São João da Cruz diz que o tentador mais perigoso somos nós
mesmos, porque nos enganamos sozinhos.

Frente ao engano, é desejável nos fiéis católicos um conhecimento cada vez
mais profundo da doutrina cristã. Deve-se promover o apostolado pelo
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, de extraordinária utilidade para
combater a ignorância. O demónio talvez é instigador desta ignorância:
distrai o homem de Deus, e é uma grande perda que se pode conter promovendo
um adequado apostolado nos meios de comunicação social, em particular
televisivos, considerando a quantidade de tempo que muitas pessoas gastam
acompanhando os programas de televisão, frequentemente de conteúdos
culturalmente inconsistentes ou imorais.

Também contra os homens de Igreja se desencadeia a acção do diabo: em 1972, o
Sumo Pontífice Paulo VI falou dos «ares de Satanás introduzidos no templo de
Deus», aludindo aos pecados dos cristãos, à desvalorização da moralidade dos
costumes e às decadências (consideremos a história das Ordens e das
Congregações religiosas, nas quais se tem notado sempre a exigência de
reformas para reagir à decadência), ao ceder nas tentações na busca da
carreira, de dinheiro e de riqueza, em que podem incorres os próprios
membros do clero, cometendo pecados que provocam escândalo.

O exorcista pode ser um Bom Samaritano --mas não é o Bom Samaritano-- pois o
pecado é uma realidade mais grave. Um pecador que permanece assentado em seu
pecado é mais infeliz que um possuído. A conversão do coração é a mais bela
vitória sobre a influência de Satanás, contra a qual o Sacramento da
Reconciliação tem uma importância absolutamente central, porque no mistério
da Redenção Deus nos libertou do pecado, e nos presenteia, quando caímos, o
reencontro de Sua amizade.

Os Sacramentos têm na verdade uma prioridade sobre os sacramentais,
categoria na qual se incluem os exorcismos, que são pedidos pela Igreja, mas
em ordem não prioritária. Se não se considera esta característica, subsiste
o risco de turvar os fiéis. Não se pode considerar o exorcismo como a única
defesa contra a acção do demónio, mas como um meio espiritual necessário em
que se contactou a existência de casos específicos de possessão diabólica.

Parece que os possuídos são mais numerosos nos países pagãos, onde o
Evangelho não foi difundido e onde estão mais estendidas as práticas
mágicas. Em outros lugares, um elemento cultural perdura ali onde os
cristãos conservam uma tendência indulgente com respeito a antigas formas de
superstição. Ademais, há que considerar que supostos casos de possessão
podem ser explicados pela medicina actual e a psiquiatria, e que a solução
para determinados fenómenos pode consistir em um bom tratamento
psiquiátrico. Quando se manifesta na prática um caso difícil, é necessário
pôr-se em contacto com um psicólogo e um exorcista; é aconselhável valer-se
de psiquiatras de formação católica.

No Ateneu Pontifício Regina Apostolorum instituiu-se recentemente um curso
sobre estas temáticas. Sobre elas parece oportuna uma formação adequada nos
seminários, em uma dimensão de equilíbrio e sabedoria, evitando excessos e
constrições.

Cardeal Georges Cottier, O.P. Pro-teólogo da Casa Pontifícia