segunda-feira, 2 de abril de 2007

François Mitterrand dera asilo político a terrorista

O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 19 de março de 2007

PF e polícia francesa prendem ex-terrorista italiano em Copacabana
Marcelo Auler

Rio - O italiano Cesare Battisti, de 52 anos, condenado na Itália à prisão
perpétua sob a acusação de ter participado de quatro homicídios nos anos 70,
quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi preso
ontem de manhã quando caminhava no calçadão de Copacabana. Ele foi detido
numa operação conjunta da Polícia Federal brasileira e da polícia da França.

Sua prisão foi comemorada na Itália pelo primeiro-ministro, Romano Prodi,
que considerou o trabalho "brilhante", e pelo ministro da Justiça, Clemente
Mastella, que defendeu a extradição o mais rápido possível. Já na França, a
repercussão dividiu os meios intelectual e político, como já havia ocorrido
quando o foragido, também escritor de novelas policiais, esteve no país.

Os investigadores da polícia dos dois países seguiram a francesa Lucie
Genevieve Olés, que acabava de chegar ao Rio para entregar 9 mil (cerca de
R$ 25 mil) ao ex-terrorista. Os dois foram surpreendidos juntos.

Ele morava na cidade desde que fugiu da França em 2004, após a Justiça
cassar o asilo político que o presidente socialista François Mitterrand lhe
dera
. Há dois pedidos de prisão internacional contra ele, mas deve
prevalecer o feito pela Itália.

Battisti, segundo o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda,
será transferido para Brasília. Ele terá de esperar preso que o STF julgue o
pedido de extradição que o governo italiano oficializará ao Brasil. Por
enquanto, existe apenas o pedido de prisão feito pela Itália e endossado no
Brasil pelo ministro Celso de Mello.

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