A Cruz que remiu o mundo
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AGÊNCIA BOA IMPRENSA
Notícias e comentários destinados a órgãos do Brasil e do exterior
ABIM nº 956
Março
2007
A Cruz que remiu o mundo
Plinio Corrêa de Oliveira(*)
Inicia-se assim, meu adorado Senhor, a vossa caminhada para o lugar
da imolação. Não quis o Pai Celeste que fôsseis morto num golpe fulminante.
Vós teríeis de nos ensinar em vossa Paixão, não apenas a morrer, mas a
enfrentar a morte. Enfrentá-la com serenidade, sem hesitação nem fraqueza,
caminhando, até, para ela com o passo resoluto do guerreiro que avança para
o combate, eis a admirável lição que me dais.
Diante da dor, meu Deus, quanta é a minha covardia! Ora contemporizo
antes de tomar a minha cruz; ora recuo, traindo o dever; ora, por fim, eu o
aceito, mas com tanto tédio, tanta moleza, que pareço odiar o fardo que
vossa bondade me põe sobre os ombros.
Em outras ocasiões, quantas vezes fecho os olhos para não ver a dor!
Cego-me voluntariamente com um optimismo estúpido, porque não tenho coragem
de enfrentar a provação. E por isto minto a mim mesmo: não é verdade que a
renúncia àquele prazer se impõe a mim para que não caia em pecado; não é
verdade que devo vencer aquele hábito que favorece minhas mais entranhadas
paixões; não é verdade que devo abandonar aquele ambiente, aquela amizade
que minam e solapam toda a minha vida espiritual; não, nada disto é
verdade... fecho os olhos, e atiro de lado minha cruz.
Meus Jesus, perdoai-me tanta preguiça, e pela chaga que a Cruz abriu
em vossos ombros, curai, Pai de Misericórdias, a chaga horrível que em minha
alma abri com anos inteiros vividos no relaxamento interior e na
condescendência para comigo! (*)
(*) Plinio Corrêa de Oliveira (1908 – 1995), pensador e líder católico,
Catolicismo, Março/1951
Avisos outrora ridículos: indício de decadência intelectual
“Não banhe o nenê na lavadora”; “não seque o celular no microondas”;
“não passe com o ferro o bilhete da loteria”. Estas são algumas absurdas
advertências, mas que figuram em produtos comercializados no Ocidente
[foto]. Elas foram objecto de um concurso de “avisos mais extravagantes”
realizado em Michigan (EUA). Contudo, se as empresas não as afixam, podem
ser processadas e condenadas a multas de milhões de dólares.
Numa era em que prevalecesse o bom senso, tais advertências seriam
alvo de chacotas. Entretanto, um estranho evanescimento explica o
aparecimento de avisos óbvios como esses, sem despertar uma sadia e
generalizada reacção do senso comum. (ABIM)
Grã-Bretanha: caça da raposa volta com mais força
O socialismo inglês interditou a secular caça da raposa, mas à custa
de tantas ambiguidades e excepções legais que, dois anos após a proibição,
retorna a aristocrática prática com muito mais vigor e entusiasmo. No Boxing
Day, início da estação de caça, participaram mais de 300.000 pessoas [foto].
Foi um recorde. Pela nova lei, os cachorros não podem atacar a raposa. Os
caçadores, para obviar essa dificuldade, usam águias ou falcões. Mas se a
ave falha e a raposa acaba nos dentes dos cães, a lei é omissa nesse ponto.
Só foi flagrado um acto ilegal. Pelo visto, os partidários ingleses da
tradição sabem ser jeitosos... (ABIM)
“Pacifistas” recusam-se a ver os presos anticastristas
Uma onda de protestos pseudo-pacifistas-
prisão americana de Guantánamo (Cuba), reservada para terroristas. Na
liderança dessa agitação figura a norte-americana Cindy Sheehan, apelidada
“mãe da paz”. O regime comunista favoreceu uma manifestação que ela promoveu
diante da referida prisão. Na ocasião, o grupo de mulheres de presos
políticos cubanos denominadas Damas de Blanco convidou-a para examinar os
cárceres castristas, em especial a prisão provincial de Guantánamo, a fim de
conhecer a desumana situação de anticomunistas presos por Fidel Castro. A
pacifista encerrou então sua manifestação para não prejudicar o regime
comunista de Castro. (ABIM)
Em Massachusetts: plebiscito contra “casamento” homossexual
Massachusetts é o único estado dos EUA onde o “casamento”
homossexual foi legalizado. Entretanto, mais de 170.000 pessoas assinaram
pedido de plebiscito para que Constituição estadual só reconheça o casamento
entre homem e mulher. O abaixo-assinado foi conferido e aprovado, mas os
deputados recusavam-se a convocá-lo. Por fim, o Supremo Tribunal estadual
lhes fez ver que estavam desrespeitando a Constituição. Os parlamentares, a
contragosto, marcaram o plebiscito. Este, segundo as sondagens, deve
interditar o pseudo-casamento entre sodomitas. Firmes e articulados, os
conservadores vencem em Massachusetts as arbitrárias e injustas oposições
dos adversários. (ABIM)
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