sábado, 31 de março de 2007

la campaña pro abortista que sufre Méjico

Guadalajara, Jalisco, 29 marzo 2007. FARO ya ha dado noticia de la campaña pro abortista que sufre Méjico. En su contra, en defensa del niño no nacido, tres mil quinientos peregrinos, en silencio y al redoble del tambor, se han dirigido a la Catedral de Guadalajara a rezar un Rosario para que en Méjico no se apruebe la ley del aborto. Participaron muchas mujeres, niños y jóvenes, y destacados miembros de la Comunión Tradicionalista de la Nueva España. Los medios de Jalisco publicaron el siguiente comunicado:

La presente es una peregrinación organizada por Madres de Familia Mexicanas que tiene por objeto manifestar que la sociedad mexicana, en su inmensa mayoría, desaprueba todos los actos tendentes a la despenalización del aborto provocado.

Este acto nos reúne en Peregrinación hacia la Catedral Metropolitana para pedir a nuestra Madre, la Virgen de Guadalupe, porque ella protegió al Niño Jesús en su vientre, que proteja a estos inocentes bebés de los asesinos abortistas.

Todos los presentes en esta peregrinación tenemos la certeza de que la vida humana inicia desde el momento de la concepción.

Esto es, porque tenemos la firme convicción, y la ciencia médica nos lo confirma, tanto como la física, la química, la biología, de que existe un nuevo ser humano desde el mismo momento en que ha sucedido la fecundación, el que tiene derecho a vivir y crecer, un nuevo bebé quien en un futuro inmediato y con sus facultades personales podrá aportar a la felicidad de nuestras familias y de nuestro México querido.

Afirmamos que ese nuevo ser tiene un alma, espíritu inmortal y que éste tiene derecho a vivir, que tiene derecho a decidir en su vida lo que más beneficie para su trascendencia, convencidos todos que este ser único pueda buscar ser el mejor y ayudar a su prójimo.

Estamos convencidos que la ley natural enseña que la vida es un derecho que tenemos cada uno de nosotros, derecho que no podrá ser restringido de forma alguna, que la ley natural nos dice que tenemos la obligación de defender la vida de nuestro prójimo y más de nuestros hijos, que nuestra Constitución no permite penas que quiten la vida a nadie, y que conforme a nuestras leyes ese bebé ya concebido tiene derechos, todos los derechos jurídicos llamados de goce.

Confirmamos que nuestro deber de Padres es cuidar a nuestros hijos y que lo que pretendemos es demostrar nuestra coherencia y derecho natural y moral de proteger a todos los bebés contra la pena de muerte.

México se une en contra de la ley del aborto.

Atentamente

Madres de Familia Mexicanas

Fundación Vida y Valores
Misión Mujer
Mujer para la Mujer, A.C.
Vida y Familia, A.C.
Academia de Juristas de México

 



Lisboa, marzo 2007
. Este sábado 31, a las tres de la tarde, habrá una concentración en los jardines junto al Palacio de Belém, "por la vida y por la verdad", contra el propósito del Gobierno, la Asamblea y la Presidencia de la República portuguesa de imponer, en burla de su propia legalidad, el aborto libre. Más información en la web de Caminhada pela Vida. También en el Tablón de anuncios de la web de FARO y en nuestras páginas para suscriptores, áreas Marcadores, Mensajes y Agenda.




San Luis, marzo 2007. En despacho del día 17 FARO denunciaba la persecución por parte del COMFER (Comité Federal de Radiodifusión) argentino contra Radio Cristiandad (el allanamiento de sus locales y decomiso de sus equipos puede verse en YouTube http://www.youtube.com/watch?v=RHNaAqxiRSQ ). Aun así siguen emitiendo por Internet, gracias a Dios. Recomendamos su programación de Cuaresma y Semana Santa. Respecto de su celebrado programa de actualidad "Mientras el mundo gira", recogemos la siguiente noticia de su cuaderno de bitácora:

Estimados amigos:

Debido a los problemas y circunstancias por todos conocidos, hemos decidido reagrupar filas y salir del aire hasta despues de la solemnidad de la Pascua del Señor.
El Lunes de Pascua, Dios mediante, volveremos a la batalla con otra disposición técnica operativa que nos asegura una buena puesta al aire.
Agradecemos sus muestras de cariño e instamos a seguir rezándole al Buen Dios para que según su beneplácito, Radio Cristiandad continue difundiendo el bien y la verdad.
En tanto, la Gerencia de Programación de la Radio ha dispuesto programaciones especiales para la Semana de Pasión y Semana Santa, con meditaciones, conferencias, sermones, oraciones, etc.
Muchas gracias por vuestra amabilidad.

Fabián Vázquez
Director




Radios tradicionalistas que pueden escucharse por Internet en el área Marcadores de las páginas para suscriptores de FARO.

Despachos anteriores de FARO en las áreas Mensajes y Archivos de las mismas páginas.


Oferta ACTAS: Apuntes y Documentos para la Historia del Tradicionalismo Español (1939-1966)

 

_________________________________________________

Agencia FARO
http://carlismo.es/agenciafaro

 

Revolução e Contra-Revolução

Convidamos aqueles que desejarem, a visitar o site:
http://www.revolucao-contrarevolucao.com

O site é dedicado a colocar, à disposição dos internautas, a obra mestra do
Prof. Plinio Corrêa de Oliveira Revolução e Contra-Revolução, bem como
artigos, estudos, análises e documentos que tenham relação com a tese do
livro.

Estas são as palavras do Padre Anastácio Gutiérrez, famoso canonista, sobre
o livro: "Em suma, atrever-me-ia a dizer que é uma obra profética no melhor
sentido da palavra; mais ainda, que seu conteúdo deveria ensinar-se nos
centros superiores da Igreja, para que ao menos as classes de elite tomem
consciência clara de uma realidade esmagadora, da qual - acredito - não se
tem clara consciência. Isso, entre outras coisas, contribuiria para revelar
e desmascarar os inocentes-úteis companheiros-de-viagem, entre os quais se
encontram muitos eclesiásticos que fazem, de um modo suicida, o jogo do
inimigo: esse setor de idiotas aliados da Revolução desapareceria em boa
medida.(...)"

http://www.revolucao-contrarevolucao.com

quinta-feira, 29 de março de 2007

Desarmamento é inconstitucional

Estatuto do Desarmamento é inconstitucional
Revista Catolicismo (www.catolicismo.com.br)

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (ANAPE),
prof. Ronald Bicca, ingressou no STF com uma ADI (Acção Directa de
Inconstitucionalidade) contra o Estatuto do Desarmamento

O prof. Ronald Christian Alves Bicca é bacharel em direito pelo Uniceub e em
relações internacionais pela Universidade Brasília (UnB). Procurador-chefe
do Estado de Goiás nos Tribunais Superiores. Professor da Faculdade de
Direito da Unidf (Centro Universitário do Distrito Federal), autor do livro
Recurso Extraordinário e Recurso Especial em matéria civil no STF e no STJ e
co-autor da obra Distinções e Brocardos Jurídicos, juntamente com o prof.
Ibsen Noronha. Como presidente da ANAPE, tem desenvolvido uma actuação
marcante pelo bom desempenho dos procuradores dos estados, maior agilidade
da justiça no combate à criminalidade e à defesa do direito de propriedade.

O prof. Ronald Bicca concedeu entrevista a Catolicismo através de nosso
correspondente em Brasília, o jornalista Nelson Ramos Barretto, na sede da
ANAPE. Em meio a telefonemas das procuradorias dos diversos estados,
respondeu ele didacticamente às perguntas de Catolicismo sobre a
inconstitucionalidade do Estatuto do Desarmamento.

* * *

Catolicismo - Pedimos-lhe que sintetize para nossos leitores o que é o
Estatuto do Desarmamento e o que ele proíbe.
Prof. Ronald Bicca - O Estatuto do Desarmamento é uma lei que foi aprovada e
entrou em vigor em Dezembro de 2003. Entre outras coisas, proíbe que os
brasileiros honestos e trabalhadores usem armas de fogo para se defenderem,
mesmo nos casos de legítima defesa. Dentro de suas casas eles ainda podem
usar armas para defender suas famílias e seus patrimónios, mas está proibido
o porte de armas fora de suas residências. Está permitida, portanto, apenas
a posse de armas que estejam em suas casas, para a defesa do domicílio.

Catolicismo - Que razão o Sr. daria para justificar que uma pessoa use armas
de fogo para se defender?
Prof. Ronald Bicca - A legislação brasileira não proíbe a legítima defesa
que, aliás, está de acordo com o Direito natural - anterior ao Estado - e
conforme com a doutrina católica. Ora, se é legítimo defender-se, o governo
não pode proibir que o cidadão use meios para se defender, sobretudo quando
os bandidos estão fortemente armados e atacando continuamente a população
civil.

Alguém poderia perguntar: e a polícia? Ela não existe exactamente para isto?
A polícia não pode estar a todo momento defendendo a todos, em todos os
lugares. Quase precisaria de um policial para acompanhar cada cidadão. O que
é impossível! Assim, o exercício da legítima defesa cabe primeiro ao próprio
indivíduo, depois ao Estado.

Catolicismo - A doutrina católica não proíbe o uso de armas?

Prof. Ronald Bicca - Como lhe disse, a legítima defesa tem fundamento na
doutrina católica. O próprio Catecismo da Igreja Católica - lerei o trecho
daqui a pouco - ensina que a legítima defesa é permitida, mesmo com o
recurso das armas. Nosso Senhor Jesus Cristo, quando São Pedro cortou a
orelha de Malco, mandou que o discípulo guardasse a espada, mas não mandou
que a jogasse fora. Quis o Divino Mestre ensinar que naquele momento não era
oportuno o uso da arma, mas que em outras circunstâncias, certamente. Ele
não mandou que a jogasse fora, mas que São Pedro embainhasse sua espada.
Eis o trecho do Catecismo da Igreja Católica. Está na Parte III, "A vida de
Cristo" - Secção II: "Os Dez Mandamentos". Capítulo II "Amarás o teu próximo
como a ti mesmo". Pergunta 467: "Por que é que a legítima defesa das pessoas
e das sociedades não vai contra tal norma?

"Porque a legítima defesa se exerce a escolha de defender e valorizar o
direito à própria vida e à dos outros, e não a escolha de matar. Para quem
tem responsabilidade pela vida do outro, a legítima defesa pode até ser um
dever grave. Todavia ela não deve comportar um uso da violência maior que o
necessário".

Catolicismo - O Estatuto do Desarmamento completou três anos. O objectivo do
governo era, com a aprovação do desarmamento dos homens honestos, diminuir a
criminalidade no Brasil. O Sr. acredita que ocorreu tal diminuição?
Prof. Ronald Bicca - Em primeiro lugar, é preciso dizer que a aprovação
final desta lei foi por um acordo de lideranças, e não por uma votação em
plenário. Ou seja, houve um conchavo político em que um grupo de políticos
de esquerda decidiu em nome de todo o Congresso Nacional. O que eu considero
um absurdo. Aliás, o próprio referendo, realizado em 2005, foi prova
evidente de que o povo brasileiro não quer que o governo lhe tire o direito
de se defender. Nesse referendo, 64% dos brasileiros disseram NÃO! Não ao
desarmamento que o governo deseja impor. Isso de um lado. De outro lado,
hoje no Congresso Nacional há aproximadamente 80 projectos de lei corrigindo
as distorções e absurdos que existem na lei. Além disso, há no Supremo
Tribunal Federal 10 Acções Directas de Inconstitucionalidade (ADIs) contra o
Estatuto do Desarmamento.

Catolicismo - O que é uma ADI?
Prof. Ronald Bicca - Acção Directa de Inconstitucionalidade é um remédio
jurídico constitucional para se fazer prevalecer o texto constitucional
sobre todas as outras normas. Vale recordar que a Constituição é a lei maior
em nosso País e nenhuma norma pode contrariá-la, sob pena de
inconstitucionalidade, isto é, de ser declarada nula, ineficaz ou
inexistente.
No caso da ADI, é uma forma de controle concentrado de
inconstitucionalidade. E o que isto significa? É uma forma de se controlar a
constitucionalidade de um texto legal fora de um caso concreto, de um
processo específico onde há partes envolvidas. A constitucionalidade é
decidida em tese, e os seus efeitos são gerais.

Recordemos que num processo normal seus efeitos estão restritos às partes
envolvidas. Na espécie e nos casos previstos pela Constituição, a norma é
cotejada directamente com a Constituição, e no julgamento da ADI é decidido
se o texto em foco está ou não de acordo com a Constituição, ou seja, se é
constitucional ou inconstitucional. Se for declarada constitucional, a norma
continua existindo e válida; se for declarada inconstitucional, a norma
desaparece do mundo jurídico. Isto é uma simplificação, mas ajuda no
entendimento do leitor que não milita nas searas jurídicas.

Catolicismo - Os procuradores do Estado, assim como os juízes, são
protegidos por uma lei especial a respeito do porte de armas?
Prof. Ronald Bicca - Os procuradores são protegidos por leis estaduais, pois
cada Estado, em seu poder de auto-organização, normatiza suas procuradorias
gerais. Nossa preocupação é que o actual Estatuto do Desarmamento não
considera mais a possibilidade de portes estaduais, e isto fulmina os portes
dos procuradores de Estado, que necessitam de tal prerrogativa sob pena de
risco de vida. Não nos esqueçamos de que os procuradores são os advogados do
Estado, são aqueles que defendem o património público e cobram suas dívidas.
É muito comum os procuradores tomarem atitudes que gravem os patrimónios dos
particulares ou penhorem seus bens, e isto pode ensejar vinganças e ameaças
às vidas dos procuradores.

Catolicismo - Em seus meios está havendo reacções ao Estatuto do
Desarmamento?
Prof. Ronald Bicca - É claro. Os juízes também estão protestando. O
presidente da Anamagis, o juiz Elpídio Donizetti, declarou ao jornal carioca
"O Globo" que andar armado é prerrogativa de juízes, e classificou o
Estatuto de Desarmamento de afronta à Lei Orgânica da Magistratura, que
seria uma legislação superior. O Dr. Donizetti declarou: "Em qualquer país
civilizado, todo cidadão de bem deve ter uma arma registrada no criado-mudo
ao lado da cama. Esse estatuto é próprio de um país onde impera a
bandidagem".

Catolicismo - A ANAPE, actualmente presidida pelo Sr., pretende fazer algo
contra estes erros do Estatuto do Desarmamento?
Prof. Ronald Bicca - Já fez... e pretende fazer mais ainda. De concreto,
estamos ingressando nas ADIs já propostas na qualidade de "amicus curiae",
que significa que temos interesses nas ADIs e pretendemos fazer memoriais
para os ministros e proceder a sustentação oral no Supremo Tribunal Federal.
Ademais, estamos apoiando a campanha Pela Legítima Defesa e suas acções em
defesa da carreira de procurador.

Catolicismo - Se os Srs. não conseguirem modificar o Estatuto, o que
acontecerá?
Prof. Ronald Bicca - Bem... Aí os bandidos comemorarão a vitória definitiva
deles. Os homens honestos estarão sempre desarmados e os criminosos poderão
escolher que casa assaltar, que vítima sequestrar, e na certeza de que não
encontrarão resistência, uma vez que os marginais já saberão que os cidadãos
não têm armas de fogo.

Antes de encerrar, gostaria de lembrar àqueles que legalmente possuam armas
devidamente registradas, que terão, segundo o Estatuto do Desarmamento, o
prazo até o dia 2 de Julho para renovar seus registros. Terão que pagar uma
taxa de R$300,00 por arma, além de taxas de psico-teste e teste de aptidão,
somando um total aproximado de R$700,00. É para tentar suspender esta lei
que estamos batalhando no Supremo e no Congresso Nacional. Àqueles que
quiserem maiores informações, recomendo que entrem no site do movimento Pela
Legítima Defesa (www.pelalegitimadefesa.org.br).

Copyright © 2004 Editora Padre Belchior de Pontes Ltda.
As matérias podem ser reproduzidas desde que citada a fonte:
Revista Catolicismo e o site www.catolicismo.com.br

quarta-feira, 28 de março de 2007

O calcanhar de Aquiles dos preservativos

O calcanhar de Aquiles dos preservativos
Castidade e fidelidade provando ser mais efectivas

Por Pe. John Flynn

ROMA, domingo, 25 de Março de 2007 (ZENIT.org).- Cada vez mais a Igreja
Católica é atacada por sua oposição ao uso de preservativos.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, recentemente acusou a
Igreja de hipocrisia no que se refere aos preservativos em um evento
organizado pelo ministério da saúde do país, conforme foi reportado pela
Reuters em 12 de Março.
A agência também trouxe a resposta do Cardeal Eugénio de Araújo Sales,
arcebispo emérito do Rio de Janeiro, na qual criticou o programa de
distribuição de preservativos do governo em um artigo de jornal. A política
de distribuição massiva de preservativos, ele escreveu, promove a cultura da
promiscuidade sexual.
Uma nota publicada pela comissão episcopal brasileira Família e Vida também
rejeitou as acusações de Lula. A comissão insistiu na necessidade de educar
os adolescentes em bons princípios morais.
Governos em muitos países aumentaram o favorecimento da distribuição em
larga escala de preservativos na tentativa de reduzir o número de gestações
na adolescência e a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis.
Ainda neste ano, na Escócia, camisinhas eram distribuídas a crianças de 13
anos, como reportou o Edinburgh's Evening News em 16 de Janeiro.
O jornal noticiou que os dados obtidos por força do Acto de Liberdade de
Informação revelaram que em 2005 um total de 53,638 preservativos foram
dados gratuitamente a crianças de 13 a 15 anos em Edimburgh e áreas
vizinhas.
Simon Dames, um porta-voz da Igreja Católica na Escócia, comentou em um
programa, demonstrando a inconsistência da política governamental que proíbe
o fumo para menores de 18 anos, mas promove a actividade sexual distribuindo
preservativos àqueles que ainda estão abaixo da idade legal de
consentimento - 16 - para relações sexuais.
Nos Estados Unidos, uma declaração conjunta do cardeal Edward Egan, de Nova
York, e de Dom Nicholas Di Marzio, bispo do Brooklin, criticou o governo
municipal por distribuir preservativos gratuitos no Dia dos Namorados, como
reportou a Associated Press em 16 de Fevereiro.
A declaração dos bispo diz que a única maneira de proteger-se de doenças
sexualmente transmissíveis é através da abstinência antes do casamento e da
fidelidade após.
Autoridades sanitárias de Washington, D.C., também distribuíram 250.000
preservativos nas semanas que precederam o Dia dos Namorados, como mostrou o
Washington Post em 16 de Fevereiro.
Posição reivindicada pela Igreja
De acordo com o Cardeal Javier Lozano Barragán, presidente do Pontifício
Conselho para a Pastoral no Campo da Saúde, a abstinência antes do
casamento, como também a fidelidade entre os esposos, são muito mais
efectivos para prevenir o contágio pela AIDS. O cardeal fez essas afirmações
em uma conferência sobre a AIDS em Roma, noticiada pela Associated Press em
20 de Dezembro.
Um crescente número de evidências sustenta as alegações do cardeal. Em 2 de
Março o Washington Post publicou um grande artigo examinando a experiência
de Botswana em lidar com a AIDS.
O jornal revelou que alguns estudos apontaram a prática de relações sexuais
com múltiplos parceiros «como a força mais poderosa impulsionando uma doença
assassina através de um continente vulnerável».
O Washington Post citou uma reportagem de Julho de especialistas e
responsáveis pelo estudo da AIDS na África que coloca o «reduzir múltiplas e
concorrentes parcerias» como a prioridade para prevenir a proliferação do
HIV. A região conta com 38% das infecções totais de HIV no mundo.
O artigo descreveu como Botswana seguiu por muitos anos a política
recomendada por especialistas internacionais de promover o uso do
preservativo e a distribuição de drogas anti-retrovirais. Tudo inútil. A
taxa de contágio do HIV no país está entre as que mais crescem no mundo. Em
torno de 25% da população está actualmente infectada.
Campanhas pela fidelidade nunca foram seriamente promovidas em Botswana,
observou o Washington Post, mas preservativos sim. Uma campanha de 13,5
milhões de dólares para a promoção dos preservativos foi lançada no país,
graças ao suporte financeiro da Bill & Melinda Gates Foundation e a empresa
farmacêutica Merck. A quantia gasta em promover os preservativos foi 25
vezes mais que a quantia gasta em programas de abstinência.
«Altas taxas de uso de preservativo não baixaram as altas taxas de HIV», o
artigo concluiu. «Entretanto, elas crescem juntas, até que ambas sejam
juntas mas mais altas na África».
Mudança de comportamento
A importância em modificar os modos das pessoas, ao invés de programas
baseados em distribuição de preservativos, está cada vez mais sendo
reconhecida por especialistas médicos.
Em 11 de Março de 2006, o British Medical Journal publicou um artigo
intitulado «Risk Compensation: The Achilles' heel of Innovations in HIV
Prevention?».
Escrito por um time liderado por Michael Cassell, o artigo observou que
enquanto medicamentos e outras medidas ajudam a reduzir a proliferação do
HIV, eles também inibem a mudança para comportamentos mais seguros por
diminuir a percepção das pessoas dos riscos.
Campanhas de promoção de preservativos, combinadas com a redução da
percepção de risco, «podem contribuir para aumentar o uso inconsistente, com
efeito mínimos de protecção, como também para uma possível negligência dos
riscos de ter múltiplos parceiros sexuais», comenta o artigo.
Os autores também notaram que estudos nos países ocidentais mostraram que a
promessa de aumentar o acesso a tratamentos anti-retrovirais «vem associado
com um significante aumento no comportamento de risco».
Antes dessa confirmação da necessidade de mudança no comportamento sexual,
veio de um estudo realizado na população rural do Zimbábue entre 1998 e
2003. Em um artigo intitulado «Understanding HIV Epidemic Trends in África»,
publicado em 3 de Fevereiro de 2006, na revista Science, reportou as
descobertas do estudo.
Os autores, Richard Hayes e Helen Weiss escreveram que a redução na
prevalência do HIV foi alcançada graças a mudanças no comportamento sexual.
As mudanças envolviam atrasar o início da actividade sexual nos adolescentes
e a redução no número de parceiros sexuais casuais.
Um tema relacionado no debate é a questão de promover a abstinência. As
consequências negativas do início da actividade sexual na adolescência foram
sublinhadas em um artigo publicado em Fevereiro no Journal of Youth and
Adolescence.
O artigo, «Adolescent Sexual Debut and Later Delinquency», escrito por Stacy
Armour e Dana Haynie, observou que a questão dos péssimos efeitos
resultantes do sexo fora do casamento é um ponto controverso no debate sobre
se promover a abstinência. Até agora, entretanto, houve poucas pesquisas
sobre o tema.
Armour e Hayne usaram dados do National Longitudinal Survey of Adolescent
Health para examinar conexões entre a idade da iniciação sexual e
subsequentes problemas de delinquência. O estudo cobriu mais de 12.000
estudantes e as descobertas foram controladas por variáveis como idade, raça
e estrutura familiar.
Entre as conclusões do estudo percebeu-se que a prematura iniciação da
actividade sexual aumenta o risco de delinquência. Igualmente, atrasar a
actividade sexual o mais tarde possível «oferece efeito de protecção e reduz
os riscos de terminar em subsequente delinquência». Os correspondentes
efeitos negativos e positivos vão desde a adolescência e persistem até a
idade adulta.
Uma solução sustentável
A importância de uma solução baseada em uma completa visão da pessoa humana
foi o tema de uma mensagem publicada pelos bispos africanos para o último
Dia Mundial de Combate à Aids, em 1 de Dezembro.
O documento foi publicado pelo Catholic Information Service for África em 21
de Novembro, e assinado pelo Arcebispo John Onaiyekan de Abuja, Nigéria,
presidente do Simpósio de Conferências Episcopais da África e Madagáscar.
«Nós, bispos católicos da África encorajamos todos a considerar as causas
profundas da pandemia», declarava o documento. O problema não é só médico ou
técnico, mas envolve profundas questões morais. Junto ao comprometimento da
Igreja em prover cuidado médico para todos os que estão doentes, o documento
apontou a necessidade de pregar a mensagem do Evangelho.
«Como a missão da Igreja é levar a pessoa completa a todas as dimensões da
vida, nós sentimos a especial responsabilidade de revitalizar os fortes
valores morais em nossas sociedades», dizia o documento. «Isto é o que
levará a uma verdadeira, sustentável solução para a AIDS na África».

Um argumento que infelizmente continua a ser ignorado por muitos governos e
organizações.
ZP07032519

 

terça-feira, 27 de março de 2007

Apresentadora de TV alemã causa polémica com revolução "anti feminista"

Apresentadora de TV alemã causa polémica com revolução "anti feminista"

BERLIM, 23 Mar. 07 (ACI) .- Uma das jornalistas alemãs mais respeitadas e
populares da televisão nacional, converteu-se em uma porta-bandeira da
revolução "anti feminista" e assegura contar com o apoio de muitas mulheres
para quem o êxito profissional não compensa a perda de uma genuína vida
familiar.

Eva Herman é autora do best-seller "The Eva-Principle: Towards a New
Feminity" (O Princípio de Eva: Para uma Nova Feminilidade). Acaba de
publicar seu segundo livro "Querida Eva Herman" onde recolhe cartas de
mulheres que apoiam seu rechaço da propaganda da auto-satisfação feminista.

Herman admitiu que lamenta ter se divorciado três vezes e tem publicado seu
rechaço ao aborto.

Conforme recolhe a agência LifeSiteNews.com, Herman aborda o aborto como uma
violação da mulher e culpa às leis abortistas de minimizar o trauma deste
procedimento até fazê-lo equivalente a uma entrevista com o dentista.

Suas publicações rechaçam os objectivos feministas de emancipação, êxito
profissional e auto-satisfação e propõe em troca os "fins radicais" da
maternidade, o cuidado do lar e a associação matrimonial.

De acordo com os meios alemães, os livros de Herman formam parte de uma nova
onda de antifeminismo na Alemanha, marcada por um crescente número de
mulheres profissionais que rechaçam o êxito de uma carreira profissional
para recuperar a vida familiar e a maternidade.

Herman alenta às mulheres a trocar os ambientes trabalhistas pelo "colorido
mundo das crianças" e pede para descobrir seu "destino na nutrição do
ambiente caseiro".

Segundo LifeSiteNews.com, Alemanha tem uma das taxas de natalidade mais
baixas da Europa, com 1,3 filhos por mulher. A crise reprodutiva do país
despertou os argumentos de um "novo feminismo", já que apesar dos maciços
esforços governamentais por alentar às mulheres para que tenham mais filhos,
os números não mudam.

domingo, 18 de março de 2007

Anti Americanismo

O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 8 de Março de 2007

A ilusão anti americana
Demétrio Magnoli

O retrato dos EUA como um ogro devastador circula entre as esferas da
política e da academia, assumindo formas mutáveis, mas sempre adaptadas às
circunstâncias. Ontem, a acusação versava sobre o vício americano em
petróleo. Hoje, sobre um plano maléfico para disseminar a fome.

A visita de Bush desperta atenções inauditas, por óbvias razões geopolíticas
e económicas. Há mais que isso, contudo. Enquanto, no palácio, Lula assina
os protocolos de cooperação com aquele que Chaves qualifica como "demónio",
bonecos de Bush são queimados na rua por militantes do PT, da CUT e da UNE.
A parceria entre Lula e Bush está golpeando o tronco do anti americanismo
sobre o qual se ergue a copa da esquerda latino-americana.

Alain Rouquié, num título inspirado, qualificou a América Latina como o
"Extremo Ocidente". A conquista europeia semeou, nessa parte do mundo,
sociedades "inferidas", que querem ser Ocidente e se miram no modelo dos
EUA, a epítome da modernidade ocidental. Mas a América Latina é, ao mesmo
tempo, o "Terceiro Mundo ocidental", ou seja, um Ocidente incompleto, que
inveja e rejeita o seu modelo. Os EUA são alvo, em graus variados, de
ressentimentos no mundo todo. Mas só na América Latina o anti americanismo
figura como alicerce estrutural do pensamento de esquerda.

Em O Espelho Indiscreto, de 1976, o mexicano Octávio Paz reflecte sobre o
lugar dos EUA na produção da identidade de seu país. "A paixão dos nossos
intelectuais pela civilização norte-americana oscila do amor ao ódio e da
adoração ao horror. Formas contraditórias, porém coincidentes, da
ignorância: num extremo, o liberal Lorenzo de Zavala, que não vacilou em
tomar o partido dos texanos na guerra contra o México; no outro, os
marxistas-leninistas contemporâneos e seus aliados, os "teólogos da
libertação", que fizeram da dialética materialista uma hipóstase do Espírito
Santo e do imperialismo norte-americano a prefiguração do anticristo."

A Revolução Americana, fonte da primeira República contemporânea, inspirou
Simón Bolívar. Hoje, o programa dos "bolivarianos" é a unidade
latino-americana contra os EUA.

Durante a guerra fria, o anti americanismo da esquerda latino-americana
veiculava apenas a adesão a Moscovo e ao "socialismo real". A queda do Muro
de Berlim representou a perda de um programa, de uma visão de futuro e de
uma referência geopolítica. Socialismo converteu-se em pouco mais que uma
expressão vazia: no máximo, como acontece na Venezuela, algo a ser
reinventado, uma moldura em busca de uma paisagem. Do colapso restou um
sedimento ideológico, que é o nacionalismo e uma aversão romântica à
globalização. O anti americanismo sintetiza essa doutrina em fiapos, que
eventualmente funciona como ponto de encontro entre representantes dos
extremos do espectro político. Chaves incensa o iraniano Ahmadinejad, que
promove activamente o anti-semitismo.

Karl Marx escreveu, em Novembro de 1864, em nome da Primeira Internacional,
uma carta ao presidente americano Abraham Lincoln, congratulando-o por sua
reeleição, que assegurou a continuidade da guerra contra os confederados.
Nela Marx prestou homenagem à "grande República Democrática" e à sua
pioneira Declaração dos Direitos do Homem. O fio de continuidade entre
democracia e socialismo, imaginado pelos líderes de esquerda do século 19,
foi rompido pelos Estados totalitários do "socialismo real", no século 20. O
anti americanismo de esquerda dos nossos dias é um fruto retardatário dessa
ruptura histórica.