Ideólogo socialista ameaça à Igreja: Ou se cala ou a silenciamos
Ideólogo socialista ameaça à Igreja: Ou se cala ou a silenciamos
MADRI, 07 Ago. 07 (ACI) .- Em uma feroz coluna publicada pelo jornal
socialista espanhol El País, o catedrático Gregorio Peces-Barba, considerado
o ideólogo do actual anticlericalismo socialista e um dos autores
intelectuais da disciplina de Educação para a Cidadania (EpC), ameaçou a
Igreja Católica na Espanha, chamando-a a guardar silêncio ou a "sofrer as
consequências"
Na coluna intitulada "Em torno a Educação para a Cidadania", o ideólogo
socialista assinala que a maciça oposição à disciplina EpC é ilegítima pois
"não se pode contrapor a fé à lei em uma sociedade democrática como a
nossa". "Menos se podem opor as ideologias temporárias sustentadas por
essas hierarquias que assumem uma cultura tradicional antimoderna e clerical
que se opõe a muitas conclusões legais do Estado democrático, e que
pretendem vender como a verdade que nos faz livres", prossegue.
Peces-Barba acusa os pais de família que se opuseram ao curso de
conscientizaçã
impunidade e um insofrível sentido de superioridade, derivada de que
administram 'verdades superiores'" e acusa as autoridades da Igreja de levar
"anos desafiando às autoridades legítimas, à Constituição e à lei tentando
impor seus critérios frente ao interesse geral e à soberania popular fixada
no Parlamento".
O pai da disciplina ideológica respondida por um número crescente de pais e
estudantes, acusa aos católicos espanhóis de aceitar "a democracia com a
boca pequena, e fundamentalmente para o que lhes favoreça. Por sua atitude
ante muitas leis que são expressões da maioria parlamentar se vê que no
fundo permanecem com os princípios anti-ilustrados, que se expressaram nos
documentos pontifícios do século XIX, da Mirari Vos de 1832 à Libertas de
Leão XIII".
Peces-Barba diz dos bispos espanhóis que "seu modelo é o Irão onde o
islamismo, a religião, manda sobre as autoridades e sobre o próprio
presidente da República e onde a pena de morte não só está vigente mas sim
se aplica com abundância. Naturalmente sem aceitar o islamismo, é impossível
seguir seu modelo nos conteúdos, embora gostariam de poder aplicar suas
formas".
O pai do actual anticlericalismo socialista espanhol conclui com uma aberta
ameaça à Igreja e os católicos: "Não podem nem devem seguir por esse caminho
nem tencionar tanto a corda. São responsáveis pela agitação que impede a paz
social e beligerantes contra a política do Governo e contra qualquer
progresso".
"Devem ter mais respeito aos dissidentes e evitar maldizer e condenar todo o
tempo. Se este novo clima não se conseguir na próxima legislatura, terá que
abordar o tema da acção e da situação da Igreja e estabelecer um novo status,
que lhes situe em seu lugar e que respeite a autonomia da autoridade civil",
conclui.